Celular usado cresce 29% na América Latina; Apple e Samsung lideram

A América Latina foi a região que teve o mais expressivo crescimento nas vendas de celulares usados em 2021. O aumento foi de 29%, contra a média global de 15%, de acordo com um levantamento da consultoria Counterpoint Research. A pesquisa mostrou que a Apple manteve a liderança nesse mercado, seguida pela Samsung.

Os preços de smartphones novos nas alturas estão entre os motivos para que a clientela opte por produtos recondicionados. No mesmo período, a venda de celulares novos cresceu 4,5%.

O mercado latino-americano teve quase o dobro da média global. A Índia, país com o segundo maior mercado de smartphones, figurou no segundo lugar com 25% de aumento. As vendas de celulares nesse formato também aumentaram nos Estados Unidos, com alta 15%.

Entre os mercados analisados, o continente africano foi a região com o menor crescimento, de apenas 4% (bem abaixo da média mundial de 15%).

Um dos principais motivos para o aumento da oferta de smartphones usados foi justamente o crescimento da demanda por telefones compatíveis com a internet 5G. Muitos consumidores decidiram fazer upgrade para modelos compatíveis com a nova tecnologia em programas do tipo Trade In, que oferecem desconto em celulares novos na troca do aparelho antigo. Com isso, operadoras conseguiram expandir os estoques de usados, o que consequentemente ajudou a impulsionar as vendas.

Apple e Samsung dominam esse mercado com estratégias para recircular os produtos. Há alguns dias, a Samsung adicionou os recentes Galaxy S21, Galaxy S21 Plus e Galaxy S21 Ultra (todos os três compatíveis com 5G) à lista de aparelhos reformados disponíveis na loja online para consumidores nos Estados Unidos. Já a gigante de Cupertino possui o Apple Trade In no território americano.

Ainda de acordo com a consultoria, a pauta da sustentabilidade também resultou no aumento tão expressivo das vendas de celulares usados nos Estados Unidos, na Europa e no Japão.

Outra explicação para o resultado é a escassez global de chips e outros componentes eletrônicos, que forçou grandes varejistas do mundo ofertar mais aparelhos recondicionados. Este também é um dos fatores responsáveis pelo aumento geral dos preços de eletrônicos e pelo atraso na produção de carros em montadoras.

Fonte: TechTudo