Por Yago Pontes / Agência News Cariri
Em informe divulgado pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), foi registrado um aumento no número de casos investigados da Doença de Haff, popularmente conhecida como ‘doença da urina preta’, de dois para nove.
A doença é causada pela ingestão de uma toxina encontrada em algumas espécies de peixe e crustáceos, como o tambaqui, o badejo, a arabaiana, a lagosta e o camarão.
A toxina é comumente encontrada em peixes que não tiveram um armazenamento correto. Assim, mesmo com o cozimento, a toxina persiste e causa a destruição das fibras musculares esqueléticas, além de liberar elementos de dentro dessas fibras na corrente sanguínea. Isso ocasiona os sintomas, que incluem dores musculares e nas articulações.
Na nota divulgada pela Sesa, foi relatado que amostras de peixes contaminados foram enviados para pesquisa laboratorial para que se tenha a confirmação ou não da incidência da doença. No mês de agosto, a Sesa investigava a ocorrência de dois casos suspeitos após a ingestão do peixe da espécie arabaiana. Em 2021, até a data de 21 de agosto, dos nove casos notificados, quatro foram homens e cinco mulheres, com a idade média de 51 anos.
Os sinais e sintomas verificados no Ceará
-
- Dor muscular de início súbito na região cervical (pescoço, trapézio, dorso) presente em 4 pacientes (44,44%);
- Dor muscular em membros inferiores e superiores presente em todos os casos (100%);
- Urina escura (vermelha a marrom) também em todos os casos (100%);
- Dores nas articulações em quatro pessoas (44,44%);
- Febre em apenas um (11,11%).
*Com informações do Portal O Povo