Na última terça-feira (23), o Governo do Ceará entregou dois projetos de mecanização agrícola em Porteiras e Mauriti. As solenidades foram transmitidas por videoconferência e contaram com as participações do secretário do Desenvolvimento Agrário, De Assis Diniz, e do coordenador do Projeto São José, Lafaete Almeida. Nos municípios do Cariri Oeste, os tratores da marca Massey Fergusson foram recebidos por um público reduzido, que usou máscaras de proteção, e contou com participações virtuais do público beneficiado.
“É muito mais que levar tecnologia para perto do homem e da mulher do campo. Com mais esta ação, o governador Camilo Santana permite um aumento escalonado da produção agrícola do Estado e uma melhoria efetiva nas condições de trabalho do agricultor familiar”, saudou o secretário De Assis Diniz ao citar a expectativa de uma grande safra para este ano. As entregas dos equipamentos agrícolas já haviam sido adiadas por diversas vezes em decorrência da pandemia da Covid-19 e chega no momento em que os trabalhadores rurais se preparam para colher a safra de grãos.
Em Porteiras, a estimativa é que chegada do equipamento mais que dobre a produção do urucum na comunidade Sítio Vieira, hoje estimada em 1.200 kg ao ano, e permita um maior esforço na comercialização. “A ideia é trabalharmos a mecanização e a tecnologia como aliadas. É fazer o espaçamento correto, promover a adubação e realizar a análise de solo, garantindo a produção que estudos técnicos comprovam ser possível”, atesta Claudivan Alves, sócio da Associação Comunitária do Sítio Vieira e idealizador do projeto que levou o equipamento para a comunidade.
Além disso, como a semente utilizada na fabricação do coloral possui um processamento simples, garantiria um lucro maior para os agricultores familiares. “A comunidade recebe esse trator de braços abertos, é um sonho realizado para a nossa comunidade (do Sítio Vieira)”, agradece Erivânio “Panta” Firmino Alves. “A ideia é ter um desconto (no aluguel) para os sócios e cobrarmos apenas uma taxa que nos permita a pagar o óleo diesel, o tratorista e a manutenção, que é para sempre contarmos com esse serviço para os nossos agricultores”.
“O nosso solo é arenoso, mas tem quase 80% que é massapê. Se você não fizer o tratamento na hora certa, não consegue mais com máquina nenhuma arar a terra. Choveu, você espera dar um Sol e já passa o arado no solo”, sintetiza João Moura, presidente da Associação Agrocomunitária do Apanha Peixe. “Com o trator, o nosso agricultor vai gradear a terra e colher por um custo menor, do que alugar esse equipamento vindo de fora, e ainda vai aumentar a margem de lucro com a venda dos grãos para o nosso agricultor”, conclui o agricultor de Mauriti.