O Centro de Engajamento de Fernando de Noronha foi inaugurado nesta terça-feira (12). O espaço funciona no Centro de Convivência, no bairro de Floresta Velha. O local foi criado para divulgar a necessidade de preservação do meio ambiente e também da cultura.
No centro, há uma área para exposição e uma sala chamada de “origem”, onde é exibido um vídeo para chamar atenção para os cuidados com a natureza.
O espaço também conta com uma geodésica, uma cúpula circular onde devem acontecer oficinas e apresentações culturais.
Painéis contam um pouca da história de seis moradores da ilha, classificados com guardiões. Eles foram escolhidos em uma eleição na comunidade. São pessoas que contribuíram com Noronha ao longo dos anos.
Os guardiões são os seguintes: o ex-administrador da ilha Domício Cordeiro, o servidor do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) Marcos Aurélio da Silva, a produtora cultural Nanete Martins, a ex-conselheira distrital Eunice Oliveira, o atleta da terceira idade Renê Jerônimo e o presidente da Associação de Pescadores Orlando Souza.
“Eu tenho orgulho, porque me sinto homenageado. Essa foi uma manifestação espontânea da população. Um homem como eu, que já deixou a política, um militante, receber, agora, essa homenagem, é muito bom”, disse Domício Cordeiro.
“É um reconhecimento da comunidade. São 31 anos de trabalho e dedicação para a conscientização ambiental. Nós já trabalhamos a preservação nas escolas e nas unidades de conservação há muito tempo”, declarou Marcos Aurélio da Silva.
O Centro de Engajamento surgiu a partir da necessidade de reforçar as ações de divulgação do decreto Plástico Zero, que proíbe deste de abril o uso de produtos descartáveis em Fernando de Noronha, como sacos, copos e canudos.
A Administração da Ilha fechou parceria com as Organizações Não Governamentais Menos Um Lixo e Iônica, que desenvolvem ações de conscientização. O espaço teve o apoio da iniciativa privada no financiamento da obra e no trabalho.
“Esse local vai contar com uma programação aberta aos moradores e turistas. A única forma de esse centro funcionar é as pessoas se empoderarem do espaço. É um equipamento colaborativo e precisa ser utilizado por todo mundo”, disse o diretor da Iônica, João Bernardo Casali.
O administrador da ilha, Guilherme Rocha, informou que o projeto Plástico Zero é apenas o início das ações ambientais. “Nós estamos implantando o caminho do vidro, a ideia é ter 100% do vidro de Noronha reciclado. Vamos ampliar a produção do pó de vidro para uso como material de construção”, disse Rocha.
Segundo o administrador, com o reaproveitamento de materiais ao longo do tempo o governo deve reduzir o envio de lixo que é encaminhado de barco ao continente e que tem um alto custo.
Fonte: G1.com