O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está investigando um “cemitério” clandestino de animais na cidade de Queimadas, no Agreste da Paraíba. De acordo com denúncias feitas por grupos de ativistas da causa animal, o local está sendo utilizado para o “descarte” de animais mortos. Conforme a assessoria da promotora de Justiça do meio ambiente Carolina Honorato, uma denúncia formal foi feita ao MPPB na tarde da quarta-feira (14).
Segundo a presidente da ONG Adota Campina, Bárbara Barros, que foi ao local e apresentou a denúncia ao MPPB, a ONG teve conhecimento do caso após uma denúncia anônima de que um terreno, localizado em um sítio da zona rural da cidade, estaria sendo utilizado como espaço para o descarte de cachorros mortos.
“No local encontramos cerca de 150 animais mortos. Muitos são as carcaças, outros são de corpos ainda em decomposição e tem alguns que parecem terem morrido há pouco tempo, o odor é muito forte”, explicou a presidente da ONG Adota Campina.
Cadáveres dentro de sacos plásticos
Na quarta-feira (14), os representantes da ONG encontraram no local vários cadáveres de cachorros dentro de sacos plásticos. “Entre esses animais que estavam em sacos plásticos, a gente encontrou um deles com as patinhas para fora do saco, e percebemos que elas estavam amarradas”, conta a ativistas da causa animal.
Ainda conforme as denúncias, no local também foi encontrado um poço com várias carcaças dos animais. “Nós encontramos um poço fundo com vários corpo lá dentro. Alguns são recentes, que parece terem sido mortos há cerca de 15 dias”, frisou Bárbara Barros.
Para o tenente Rodrigues, da Polícia Ambiental, o local demonstra que os animais foram deixados de forma cruel. “Precisamos identificar quem está fazendo essa crueldade e se esses animais foram executados antes de serem trazidos pra esse local ou se foram mortos aqui mesmo”, salientou.
De acordo com o tenente, as pessoas que estiverem por trás das mortes dos animais poderão responder por maus tratos. “Essas pessoas responderam por maus tratos, podendo pegar pena de 3 a 1 ano de prisão e essa pena poderá aumentar ainda mais por causa da morte dos animais”, concluiu.
Fonte: g1.com