Integrantes do Movimento Ocupe Estelita informaram, na manhã desta terça (26), ter decidido acampar no Cais José Estelita até que as máquinas saiam do terreno. A retomada da demolição dos armazéns foi feita na segunda (25), após um alvará expedido pela Prefeitura do Recife que dá sinal verde à demolição. O trabalho das máquinas, por outro lado, também atraiu quem está em busca de emprego.
“A expectativa da gente é trabalhar nessa obra, porque a gente tá desempregado. O estado tá cheio de pessoal desempregado, o povo não aguenta mais. Viemos por conta própria hoje e até agora não disseram se estão contratando”, diz o pedreiro Wilson dos Santos Silva, há três anos sem emprego formal.
Desempregado há quatro anos, o pedreiro Wellington Santos também busca informações. “Tenho filhos para dar de comer e criança come três vezes por dia. O que chegou pra gente é que teriam cinco mil vagas de emprego e estamos aqui atrás dessa esperança. Se vai ser construído, é claro que vai ter vaga. Estamos aqui para trazer progresso para Pernambuco”, diz.
Além das pessoas que buscam uma oportunidade de trabalho, o local recebe, desde a segunda (25), manifestantes do Movimento Ocupe Estelita (MOE), que discorda da proposta de uso do local feita por construtoras privadas. Durante a madrugada, cerca de 50 pessoas passaram a noite em barracas após uma assembleia que decidiu estender o acampamento no terreno.
Fonte: G1.com