Por Madson Vagner
Lembrado negativamente nos quatro cantos do Brasil, inclusive com palavrões, durante os festejos de Carnaval, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), resolveu reagir. Ele postou no seu Twitter um vídeo onde mostra cenas obscenas, supostamente de um bloco gay, para argumentar sobre a postura dos blocos carnavalescos pelo Brasil. A postagem seria uma resposta aos ataques dos foliões.
A postagem não foi bem rebatida por personalidades, entidades e veículos de comunicação de vários países do mundo. Um dos mais respeitados jornais da Inglaterra, o The Guardian, trouxe em destaque: “Presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, provocou indignação, nojo e ridicularização depois de tuitar um vídeo pornográfico em uma aparente tentativa de revidar as críticas de seu governo durante o carnaval deste ano”.
Para o teólogo Leonardo Boff, “um presidente que tem a coragem de mostrar num vídeo cenas pornográficas, se desmoraliza totalmente”. Marina Silva, ao dizer que a cena é vulgar e deplorável, argumenta que Bolsonaro rebaixa o cargo de presidente da República. Bolsonaro teve, ainda, questionada sua sanidade mental e um início de pedido de impeachment por quebra de decorro.
Diante da grande repercussão negativa, o Governo resolveu soltar uma nota na noite desta quarta-feira, 06. Na nota, o Planalto afirma que Bolsonaro não teve a “intenção de criticar o Carnaval de forma genérica”. O objetivo era “caracterizar uma distorção clara do espírito momesco, que simboliza a descontração da nossa maior e mais democrática festa popular”, diz a nota.