A Campanha Janeiro Roxo, que incentiva o diagnóstico e o tratamento de hanseníase, tem início nesta segunda-feira (21), com ações gratuitas no Grande Recife. Até a sexta-feira (25), estão previstas consultas médicas, busca ativa de pacientes, além de orientações sobre a doença.
Segundo dados parciais da Secretaria de Saúde de Pernambuco, em 2018, foram registrados 2.157 casos de hanseníase. Isso representa uma redução de 10%, em relação a 2017, quando ocorreram 2.410 notificações. No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, ocorrem 25 mil registros por ano.
No Recife, a campanha prevê ações de busca ativa de casos suspeitos e atividades educativas em Unidades de Saúde da Família (USFs). A programação completa em cada área da cidade está disponível no site da prefeitura.
Ao longo da semana, profissionais de saúde realizam teste de sensibilidade e encaminham os casos para atendimento clínico.
Nesta segunda, ocorrem ações, de manhã e à tarde, em Santo Amaro, na área central, com avaliação de manchas suspeitas. Também está programada busca ativa de pacientes em Campina do Barreto, na Zona Norte.
Também na Zona Norte, os profissionais de saúde atuam, nesta segunda, na USF Alto dos Coqueiros, na Linha do Tiro e no Alto do Capitão, em Dois Unidos.
Em Coqueiral, na Zona Oeste, estão previstos atendimentos clínicos e orientações. Ações semelhantes ocorrem nem unidades da UR-12, Pantanal e Três Carneiros, na Zona Sul.
Paulista
Em Paulista, no Grande Recife, estão previstas ações de diagnóstico e busca ativa de pacientes, das 9h ao meio-dia desta segunda. As iniciativas ocorrem na Paróquia Nossa Senhora do Ó, em Pau Amarelo.
Essas atividades são realizadas em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, Coordenação de Hanseníase do Paulista, Centro Social da Mirueira e o Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).
Doença
O Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase é lembrado no último domingo de janeiro. A doença tem como características manchas na pele com ausência ou diminuição de sensibilidade.
Segundo os médicos, a pessoas pode sentir choques, câimbras e formigamentos que evoluem para dormência.
Outros sinais são pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, diminuição ou queda de pelos localizada ou difusa (especialmente sobrancelhas) e ausência de sudorese no local (pele seca).
Doença infecciosa, crônica e com alto poder incapacitante, a hanseníase é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Ela atinge a pele e os nervos periféricos.
Também pode ser uma doença sistêmica, comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos.
A transmissão ocorre quando uma pessoa infectada elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas. A principal via de eliminação e entrada do bacilo são as vias aéreas superiores, como mucosa nasal e orofaringe.
Tratamento
O tratamento recomendando pela Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê o uso de várias drogas para a intervenção terapêutica. Uma parte do tratamento é realizada nos postos de saúde, necessitando que o paciente compareça à unidade uma vez por mês para tomar a medicação (dose supervisionada).
O restante dos remédios o paciente toma em casa. Toda a medicação para hanseníase é gratuita e fornecida pelo Ministério da Saúde (MS). A distribuição dos medicamentos trata a doença e impede a sua transmissão.
Fonte: G1