O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) registrou 4.707 casos de intoxicações e acidentes com animais peçonhentos em 2018. Do total, 1.349 foram para casos de picada de escorpião, o que representa uma média diária de 3,7 atendimentos por dia.
O Ceatox é uma central ligada à Secretaria de Saúde e funciona 24 horas por dia, auxiliando profissionais de saúde e a população em geral nos casos de intoxicações e acidentes com animais peçonhentos.
O número de atendimentos em 2018 representa uma ampliação de 3,7% em relação a 2017, quando foram 4.537 atendimentos feitos pelo centro. O balanço anual foi divulgado nesta terça-feira (15).
A maior parte dos casos está relacionada a picadas, não só de escorpião, como também de outros animais peçonhentos, totalizando foram 2.028 chamados. Somente serpentes, foram 493 ocorrências.
No caso das cobras, é possível entrar em contato com o Ceatox para saber qual unidade de saúde procurar para que seja aplicado o soro antiofídico. Quanto mais rápida a assistência for dada, menor o risco de sequelas e óbitos.
O Ceatox lembra que, no caso picadas de animais peçonhentos em geral, a orientação é lavar a área com água e sabão, seguindo para uma central de saúde.
Picadas de escorpião exigem cuidados específicos — Foto: Miva Filho/Secretaria de Saúde
Em segundo lugar estão as intoxicações envolvendo remédios, que totalizaram 1.292 ocorrências em 2018.
O Ceatox alerta, ainda, para a utilização do agrotóxico conhecido como ‘chumbinho’, e vendido erroneamente como inseticida: foram 313 ocorrências de intoxicação relacionadas ao chumbinho ao longo do ano.
Através de uma ligação gratuita para o centro, no telefone 0800 722 6001, é possível conseguir outras orientações, como a unidade de saúde mais próxima, por exemplo. Confira abaixo as unidades para tratamento de acidentes com animais peçonhentos no estado:
- Hospital da Restauração – Recife (cobra e escorpião)
- Hospital Jaboatão Prazeres – Jaboatão dos Guararapes (escorpião)
- Hospital João Murilo – Vitória de Santo Antão (escorpião)
- Hospital Belarmino Correia – Goiana (escorpião)
- Hospital Mestre Vitalino – Caruaru (cobra e escorpião)
- Hospital Regional Ruy de Barros Correia – Arcoverde (cobra e escorpião)
- Hospital Professor Agamenon Magalhães – Serra Talhada (cobra e escorpião)
- Hospital Regional Inácio de Sá – Salgueiro (cobra e escorpião)
- Hospital Regional Fernando Bezerra – Ouricuri(cobra e escorpião)
- Hospital Universitário – Petrolina (cobra e escorpião)
O que fazer em caso de acidente:
- Procure atendimento médico imediatamente;
- Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;
- Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;
- Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados;
- Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;
- Especificamente em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de água do mar. A remoção dos tentáculos aderidos à pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar;
- Não tente “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.
Fonte: G1