Por Madson Vagner
Uma verdadeira Tsunami pode estar a caminho; o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, vai falar. A negociação já está sendo feita com o Ministério Público Federal. O andamento do acordo foi revelado pelo jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no Jornal O Globo nesse domingo. A assessoria do MPF, ainda, não falou sobre o assunto.
O mundo político e jurídico já treme, apenas com a possibilidade. Há um temor de que a delação atinja, entre outros, as cúpulas do judiciário do Rio e do Superior Tribunal de Justiça (STJ); além de interferir diretamente na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.
Sergio Cabral está condenado a 198 anos de prisão e continua sendo investigado por vários outros crimes. Na Lava Jato, o caso de Cabral ainda está na primeira instância e ele já amarga 2 anos de cadeia. Até aqui, em todos os depoimentos, o ex-governador negou o recebimento de propinas de empreiteiras que fizeram obras no Rio, durante o seus governos.
Não adiantou negar, ele continua preso e acusado de receber mais de R$ 210 milhões de obras como as da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Nos depoimentos, Cabral chegou a admitir uso de caixa 2. Mas, no último, dia 14 deste mês, ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato em primeira instância, Sério Cabral permaneceu em silêncio. Foi o primeiro sinal de que iria mudar a estratégia.
E a confirmação de que Cabral realmente mudou a estratégia, veio com o pedido do seu advogado para deixar o caso. Rodrigo Rocca fazia a defesa do ex-governador desde novembro de 2016, quando ele foi preso. Na saída, Rocca disse que não concorda com delações.