Por Madson Vagner
Temendo ser afastado do comando da Prefeitura por denúncias de corrupção, o prefeito de Iguatu, Ednaldo Lavor (PDT), articulou uma manobra inteligente para permanecer no poder caso seja cassado. Ele elegeu nesse sábado, 15, sua mulher como presidente da Câmara.
Eliane Braz, primeira-dama do município se elegeu vereadora em 2016 e, a partir de janeiro, assume a presidência do Legislativo. É a garantia de que o marido permaneça no poder, mesmo contra a vontade da justiça; claro em caso de afastamento.
A eleição para a mesa diretora da Câmara teve chapa única e Eliane foi eleita com 11 dos 17 votos da Casa. A alegria da vitória pode esconder um prejuízo milionário aos cofres públicos. Segundo comentários na cidade, os eleitores de Eliane ganhariam um mensalinho de R$ 8 mil, um bônus de R$ 50 mil e mais 30 empregos, cada um.
Considerando 30 empregos, mensalinho de R$ 8 mil mensal e mais um bônus de R$ 50 mil, levando em conta que foram 11 votos que receberão mensalinho e os empregos por 24 meses, o saldo da festa pode ultrapassa a sifra de R$ 3,3 milhões. Antes da votação, a presidente eleita e futura presidente da Casa, deve se comprometido em mantes a palavra do marido.
A vereadora teve 10 votos da base de apoio do marido e um voto da oposição. O vereador Edson Araújo não resistiu aos apelos, pouco republicanos do prefeito Ednaldo. Vai passar um natal bem gordo.
Redimidos de culpa, em caso de investigação do Ministério Público, os vereadores Mário Rodrigues, Marcone Filho, Vicente Reinaldo e Louro da Barra, que faltaram a sessão, e mais Antonio Baixinho que votou nulo e Lindovan Oliveira que fez questão de registrar seu voto contra.
Além das denúncias de corrupção envolvendo o prefeito Ednaldo Lavor, agora o Ministério Público do Estado deve receber farto material sobre as negociações para a eleição da vereadora Eliane Braz.