Comércio espera crescimento de 2% nas vendas para o Dia das Crianças no Grande Recife

Os donos de lojas do Grande Recifeesperam um crescimento de 2% nas vendas para o Dia das Crianças, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Cid Lobo Mendonça, crise, desemprego e indefinição política são fatores que devem ser levados em conta na análise sobre a expectativa de consumo para a data, comemorada na sexta-feira (12).

Para o dirigente lojista, pesquisas apontam que o tíquete individual médio de compras deve chegar a R$ 100. “Acredito que vai ser o Dia das Crianças das lembrancinhas”, afirmou. Os setores com maior expectativa de aumento de vendas são os de brinquedos, roupas e calçados.

“Temos que falar também no setor de lazer, que envolve restaurantes, eventos e brincadeiras. Acredito que grande parte das famílias vai comemorar sim, mas do jeito que dá”, acrescentou.

Cid Lobo Mendonça acredita também que é preciso analisar o período das comemorações este ano. “Estamos no meio de um período eleitoral e com um cenário político indefinido. Isso tira um pouco o foco no país. Essa expectativa de aumento de vendas não frustrou tanto”, observou.

O economista da Fecomércio Pernambuco Rafael Ramos também aponta a conturbação de cenários político e econômico como fatores para os analistas apontarem esse índice de expectativa de crescimento de vendas. Além disso, segundo ele, é preciso ressaltar que existem em 2018 outras adversidades em relação ao mesmo período de 2017.

“No ano passado, o cenário era mais positivo e havia a expectativa de recuperação da economia de forma mais acelerada. Além disso, tivemnos a liberação de saque do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) dos Inativos, o que injetou dinheiro no mercado”, comentou.

Este ano, segundo Rafael, a eleição ocorreu no fim de semana antes das comemorações do Dia das Crianças, tirando o foco das famílias. “Os lojistas e a maioria dos empresários ainda tiveram que colocar na conta os impactos da paralisação dos caminhoneiros, no início do ano”, disse.