Dois homens foram presos pela Polícia Militar no município de Escada, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, por clonar cartões de banco em uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo a Polícia Federal, eles instalaram dispositivos em caixas eletrônicos para captar dados dos clientes e confeccionar novos cartões para sacar dinheiro ou fazer transferências fraudulentas.
Os autuados pela Polícia Federal (PF) são os cearenses Manoel Ferreira Coelho Neto, de 41 anos, e Luiz Carlos de Lima Patrício, de 40 anos. Os dois, segundo a corporação, têm antecedentes criminais e foram presos por estelionato e furto, respectivamente.
De acordo com a PF, as capturas ocorreram em uma ação deflagrada a partir de informações repassadas pela central de monitoramento da Caixa. A instituição relatou que dois homens voltariam à agência de Escada, distante 60 quilômetros do Recife, para retirar os dispositivos de clonagem, conhecidos como “chupa-cabra”.
A Polícia Federal informou que os cearenses colocaram os dispositivos nos caixas eletrônicos no dia 6 de setembro. As prisões ocorreram no dia seguinte, mas foram divulgadas na manhã desta terça-feira (11).
Acionados pela central de monitoramento da CEF, os PMs encontraram os homens na agência bancária, localizada na Rua da Matriz, no Centro. Com a dupla, os policiais localizaram três celulares, 12 cartões magnéticos de vários bancos, R$ 3.140 em dinheiro, além de um veículo com placas do Recife.
Os dois homens foram levados pelos PMs para a sede da Polícia Federal, na área central do Recife. Eles foram autuados por furto qualificado com a participação de duas ou mais pessoas. Por isso, podem pegar de dois a oito anos de prisão.
Os cearenses passaram, por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), na área central do Recife. Em seguida, foram levados para a audiência de custódia, que confirmou as prisões.
Os homens foram encaminhados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. De acordo com a PF, os cearenses se negaram a prestar depoimento e estão à disposição da Justiça Federal.
Clonagem
Segundo a PF, nessa modalidade de crime, os bandidos colocam fita adesiva de dupla face no caixa para copiar a trilha do cartão bancário. Também instalam uma microcâmera para captar a senha digitada pelo cliente da agência. Os dispositivos têm mecanismo eletrônicos capazes de gravar as informações.
Depois, os bandidos voltam para a agência e retiram os dispositivos dos caixas. Com os dados clonados, confeccionam novos cartões e usam senhas para aplicar golpes em correntistas.
Proteção
Diante dessa prática, a PF orienta os clientes de banco a adotar algumas normas de segurança para evitar a clonagem dos cartões.
- Caso a operação não seja completada ou apareça alguma mensagem de erro na tela, é indicado forçar a frente do terminal ou a entrada do cartão magnético para parte da frente. Assim, é possível encontrar algum dispositivo ilegal.
- Caso a adulteração seja constatada, a vítima deve entrar em contato com o banco, por meio do Serviço de Atendimento ao Cliente, e acionar a polícia. Se o golpe acontecer durante o expediente bancário, o cliente deve procurar ajuda dos funcionários da agência.
- Antes de iniciar a operação no caixa eletrônico, o cliente precisa verificar na tela se o equipamento está ativo. Caso a máquina esteja inoperante, o correntista não deve inserir o cartão.
- O cliente não deve aceitar ou pedir ajuda de estranhos para passar o cartão em terminal avulso, mesmo que se apresentem como funcionários do banco. Fraudadores têm utilizado esse golpe para clonar cartões e obter senhas.
- Ao digitar a senha, é indicado manater o corpo perto da máquina, para evitar a visualização por outra pessoa. Nas filas, todos devem respeitar as faixas de segurança.
- Use caixas automáticos instalados em locais de grande movimentação e, de preferência, em shoppings, lojas de conveniência e postos de gasolina.
- Cuidado ao utilizar telefones desconhecidos, especialmente os celulares, para se comunicar com o banco. Os dados da conta e senha podem ficar registrados na memória do aparelho.
- Desconfie de vantagens financeiras ou dramas familiares apresentados por desconhecidos na fila do caixa, especialmente propostas de utilização de sua conta para transferência de valores.
Fonte: notícias ao minuto