Polícia investiga denúncias de estupro de crianças em escola particular do Recife

Polícia Civil investiga ao menos seis denúncias de estupro de crianças, com idade entre três e seis anos, em uma escola particular no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. As denúncias foram registradas nesta segunda-feira (30) por seis famílias de crianças que estudam na unidade de ensino.

O inquérito policial foi aberto no Departamento de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), na Zona Oeste da cidade. De acordo com o delegado Ademir de Oliveira, as investigações estão na fase inicial e, por isso, os proprietários da escola não foram convocados para prestar depoimento.

Segundo a polícia, o esposo da dona da escola é suspeito de ter praticado os abusos. “Uma das mães disse que uma criança se queixou de dor na genitália. Conversando, ela disse à mãe que o marido da proprietária da escola a levou para o primeiro andar do local e manipulou seu órgão genital. A partir daí, outros casos apareceram. Essas pessoas foram ao Conselho Tutelar, que as encaminhou até nós. Com tantos relatos, alguma coisa suspeita há nessa escola”, diz o delegado.

Delegado Ademir Oliveira está à frente das investigações no DPCA (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)Delegado Ademir Oliveira está à frente das investigações no DPCA (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)

Delegado Ademir Oliveira está à frente das investigações no DPCA (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)

De acordo com a Polícia Civil, as crianças foram encaminhadas ao Instituto de Medicina Legal (IML), também no bairro de Santo Amaro, para a realização de exames sexológicos. As crianças e as mães que denunciaram os abusos devem ser ouvidas até sexta-feira (3).

“Fizemos a ouvida especializada das crianças, mas vamos dar prioridade ao exame sexológico, além de outras escutas, antes de convocar os donos da escola. Tenho informes de que a escola não é registrada no Conselho Municipal [de Educação], mas o serviço investigativo apenas começou”, afirma o delegado.

Ainda segundo a polícia, as mães relataram que as crianças demonstraram não querer retornar às atividades realizadas na escola, um dos motivos que levaram as famílias a desconfiarem dos abusos.

Por meio da assessoria, a Polícia Civil informou que volta a se pronunciar sobre o caso somente depois das etapas iniciais da investigação.

 Fonte: G1