Segundo o presidente do sindicato dos peritos oficiais do estado, Paulo Rogério Ferreira, além da perícia do DPVAT, outros serviços deverão ser comprometidos durante a mobilização das duas categorias, que apelam pelo Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e a contratação de mais profissionais.

“Estamos sobrecarregados e faz tempo que estamos tentando negociar com o governo. Somos apenas 24 peritos para atender crimes e acidentes de todo o estado de Alagoas”, falou o presidente.

Em assembleia, eles definiram que os serviços serão reduzidos nos laboratórios de Balística, DNA, Química Legal e Documentoscopia.

“ Esperamos que o governo realmente esteja disposto a conversar conosco. A situação está muito complicada pra nós. Pra você ter uma ideia precisamos de pelo menos mais 17 peritos para abrir a base em Arapiraca que até hoje não foi inaugurada”, explicou Ferreira.

A categoria também decidiu que caso o governo não se pronuncie, a partir de segunda-feira as perícias externas em locais de crime ou acidentes de trânsito também vão ser reduzidas.

“Essa carência de pessoal é o que justifica a falta de provas periciais nos processos criminais que tramitam na justiça. Se houver um crime agora em Delmiro Gouveia, o perito tem que viajar de Maceió pra lá, pegando 4 horas de estrada e quando chega no local os vestígios na cena crime ou do acidente já foram alterados”, falou.

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) lamentou a decisão da categoria e afirmou que vem tentado resolver os pleitos do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas, respeitando as possibilidades financeiras do Estado.