Como é o caso do aposentado Antônio Silva que desde que descobriu em novembro do ano passado uma alteração na próstata e uma pedra no canal da urina está à espera de uma cirurgia. Ele revela que está apreensivo com a demora na cirurgia, pois as suas dores só tem aumentado. “Eu não posso caminhar, eu não posso sentar. Eu como agoniado. É uma dor sem fim, dor mesmo. Eu fico ruim e sem saber o que eu faço”.

Segundo a dona de casa Ana Silva, que acompanha o aposentado, todos os exames e consultas dele foram providenciados e a maioria foram realizados pela rede particular. Um dos exames custou mais mil reais e com a saúde piorando a preocupação de Ana Silva é não ter tempo de fazer a cirurgia.

“A gente foi e fez os exames todos que pediram. Quando foi esse ano agora a gente estava alegre pensando que depois do ano novo chamassem ele para fazer a cirurgia. Só que depois do ano novo não chamaram. Eu ligava constantemente para saber qual era os dias que eram para fazer a cirurgia e aí falaram que não tinha previsão”, desabafou Ana Silva.

A cirurgia do aposentado deveria ter sido realizada no início do ano no Hospital Macrorregional, mas a família foi avisada que o procedimento foi cancelado porque os médicos não teriam renovado o contrato com o governo do estado.

Situação parecida vive a também dona de casa Marlene Campos que conta que está tentando marcar uma cirurgia para a sua irmã, mas até agora não conseguiu. “Já viemos no dia 22 e aí era para cinco horas da tarde. Cheguei e esperei, e quando foi às cinco horas a moça me despachou e disse que não tinha médico”, finalizou.