Hospital Oswaldo Cruz começa a oferecer tratamento de pré-exposição ao HIV, no Recife

O Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no bairro de Santo Amaro, no centro do Recife, começou o atendimento ao público que fará uso da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), método de prevenção ao vírus causador da Aids. O medicamento começou a ser distribuído em dezembro de 2017, pelo Ministério da Saúde, mas só agora chegou a Pernambuco.

O objetivo é proteger grupos que estão mais expostos ao risco de infecção, como profissionais do sexo, casais sorodiscordantes (quando um tem o vírus e o outro não), pessoas trans e homens que fazem sexo com homens.

Ao todo, serão 22 pacientes atendidos mensalmente, sendo dois por turno, na unidade hospitalar. Após o primeiro atendimento, os pacientes devem voltar com um mês, para reavaliação. É preciso comparecer ao hospital, vinculado à Universidade de Pernambuco, a cada três meses, para nova avaliação. Apesar disso, o medicamento não previne contra outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis.

A marcação da consulta para recebimento do PrEP é feita presencialmente, no ambulatório de infectologia do Oswaldo Cruz, de segunda a quinta-feira.

Já a distribuição da medicação, gratuita e disponibilizada pelo Ministério da Saúde, será realizada na farmácia ambulatorial do hospital, de segunda a sexta, das 8h às 16h, apenas para os pacientes em acompanhamento. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 3184.1344.

PrEP

A PrEP é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina), que juntos diminuem as chances de transmissão do HIV. A medicação deve ser tomada diariamente para que possa impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. O efeito da medicação funciona após 7 dias de uso para relação sexual anal e após 20 dias para relação vaginal.

A PrEP é indicada para pessoas que tenham maior chance de entrar em contato com o HIV. Deve-se considerar o uso da PrEP para gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans e trabalhadores e trabalhadoras do sexo.

Além disso, a população que frequentemente deixa de usar camisinha em suas relações sexuais (anais ou vaginais), tem relações sexuais sem camisinha com alguém que seja soropositivo e que não esteja em tratamento, que faça uso repetido de PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) e que apresenta episódios frequentes de infecções sexualmente transmissíveis.

Fonte: G1 nordeste