Fundos de ações lideram em rentabilidade no mês de janeiro

A valorização de 7,38% do Ibovespa em janeiro influenciou a rentabilidade dos fundos de ações no período. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o tipo Small Caps teve o maior retorno da classe no mês passado, com alta de 9,72%.

“Ao contrário da tendência observada ao longo do ano passado, o movimento de alta não ficou restrito às ações de empresas com peso elevado no índice de referência da BM&FBovespa: os papéis de companhias de menor capitalização também se destacaram”, diz a Anbima em relatório.

As carteiras com gestão ativa, dos tipos Livre e Índice Ativo, registraram retornos de 5,90% e 7,02%, respectivamente.

A Anbima aponta que entre os fundos de Renda Fixa, o recuo da curva de juros favoreceu as rentabilidades, principalmente daqueles cujas carteiras são compostas por títulos de maior duração. Os tipos Duração Alta Soberano e Duração Alta Crédito Livre acumularam os maiores retornos da classe no mês e nos últimos doze meses, de 1,70% e 1,90%, e de 21,63% e 20,05%, respectivamente. Nos Multimercados, as maiores rentabilidades em janeiro foram registradas por fundos que possuem estratégias compatíveis com o atual cenário de valorização do mercado acionário e dos títulos de renda fixa de longo prazo, como a dos tipos Long and Short Direcional, Dinâmico e Macro, que valorizaram 2,79%, 2,33% e 2,10%, respectivamente. O tipo Cambial apresentou recuo (-2,78%), influenciado pela queda de 4,05% do dólar, em movimento que foi acentuado no início de fevereiro.

Terceira maior captação

A indústria de fundos registrou em janeiro a terceira maior captação líquida da história, a partir de série iniciada em 2002. O ingresso de R$ 39,9 bilhões no período foi superado apenas pelos R$ 44,3 bilhões de março de 2012 e de R$ 41,9 bilhões de janeiro de 2013. Os fundos de Renda Fixa concentraram R$ 35,4 bilhões do total, seguidos pelos Multimercados, com R$ 6,7 bilhões, e de Previdência, com R$ 2,4 bilhões. A classe Ações registrou resgate líquido de R$ 444 milhões, superado apenas pelos FIDCs, que contabilizaram saída líquida de R$ 5 bilhões no mês.

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