Um mutirão para fazer o diagnóstico de crianças com suspeitas de microcefalia associada à síndrome congênita do zika será realizado, nesta sexta-feira (10), no Recife. A inicativa é da prefeitura e tem parceria com o Governo de Pernambuco. Os atendimentos ocorrerão no Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) da Policlínica Lessa de Andrade, na Estrada dos Remédios, na Madalena, na Zona Oeste da capital.
O mutirão reunirá pacientes da capital pernambucana e de Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe, na Região Metropolitana. A expectativa é receber meninos e meninas, que serão consultados por neurologistas. Caso seja necessário, eles serão submetidos a exames para confirmar ou descartar a síndrome.
A diretora de Assistência à Saúde do Recife, Eliane Germano, ressalta que a meta da ação integrada é esclarecer o diagnóstico de casos de 50 crianças existentes no Banco de Dados do Centro de Informações Estratégicas e de Vigilância à Saúde (Cievs) e que constam como suspeitas/inconclusivos. Em caso de confirmação, as autoridades de saúde vão prestar auxílio e repassarão informações para as famílias.
De acordo com a prefeitura, uma busca ativa das crianças notificadas como suspeitas de microcefalia foi realizada. O município também pesquisa casos considerados inconclusivos.
As equipes da Secretaria de Saúde do Recife, nos oito Distritos Sanitários do Recife realizaram visitas a essas famílias. O agendamento ocorreu por meio do Sistema de Regulação ambulatorial do município. Também foi articulado um sistema de transporte para essas famílias, utilizando veículos disponibilizados pelos DS e pela SES/PE.
Ações
Três neurologistas intergrarão uma equipe multidisciplinar, formada por assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros. Todos os profissionais darão suporte às famílias. Após o atendimento multiprofissional, caso necessário, as crianças também passarão por exames, como tomografia computadorizada de crânio, sorologias e LCR (líquido cefalorraquidiano).
Caso o diagnóstico seja positivo, o paciente será encaminhado para as unidades de referência para reabilitação. Sendo descartada a síndrome, a criança continua sendo acompanhada pela unidade básica de saúde mais próxima de sua residência durante os cinco primeiros anos de vida.
Fonte: G1