A Diocese do Crato, por meio de seu bispo diocesano, Dom Magnus Henrique Lopes, publicou nesta segunda-feira (21), uma nota de pesar pela morte do Papa Francisco. A nota destaca o legado do Pontífice e a sua contribuição à Igreja Católica e ao mundo.
A mensagem começa com um agradecimento ao Papa: “Obrigado, Francisco, por nos ensinar que o Evangelho se escreve com letras de esperança e tinta de ternura.” Em um momento de luto, a Diocese do Crato se une à Igreja do mundo todo, celebrando a vida de um dos papas mais significativos da história moderna.
Em meio ao luto, a Diocese reflete sobre a figura de Francisco, descrito como um “humilde pescador de almas” que, como verdadeiro pastor, fez da sua vida um exemplo de humildade, misericórdia e compromisso com os marginalizados. A nota lembra que, durante seu pontificado, o Papa Francisco foi um incansável defensor da justiça social, denunciando a cultura do descarte e rasgando as vestes da indiferença.
A Diocese também ressaltou a importância das ações de Francisco para a região do Cariri. “O papa que olhou com carinho para o nosso Cariri: reconheceu o martírio da menina Benigna Cardoso, primeira beata do Ceará, que autorizou a abertura do processo de beatificação do servo de Deus, Pe. Cícero Romão Batista. Nosso coração transborda de gratidão por tanta delicadeza e cuidado para com a nossa gente”, escreveu Dom Magnus.
“Ele fez da Igreja uma tenda de encontro, onde os últimos são os primeiros, onde a misericórdia não é doutrina, mas abraço afetuoso e acolhedor”, escreveu Dom Magnus, enfatizando o caráter revolucionário e pastoral de Francisco.
Confira a mensagem na íntegra:
“Obrigado, Francisco, por nos ensinar que o Evangelho se escreve com letras de esperança e tinta de ternura”.
Em meio ao silêncio sagrado que envolve o mistério da morte, a Igreja de Crato, peregrina e esperançosa, ergue os olhos para o horizonte da Eternidade, onde brilha, agora em plenitude, a vida do nosso amado Santo Padre, o Papa Francisco. Com coração transbordante de gratidão e fé pascal, proclamamos: Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat!
Foi ele, o humilde pescador de almas, que, com os trajes simples de pastor, calçou as sandálias de Francisco de Assis para lavar os pés do mundo. Em seu pontificado, o Espírito soprou com força de profecia: rasgou as vestes da indiferença, denunciou a cultura do descarte e, com audácia evangélica, fez da Igreja uma tenda de encontro onde os últimos são os primeiros, onde a misericórdia não é doutrina, mas abraço afetuoso e acolhedor.
Papa Francisco foi a voz que ecoou no deserto dos nossos egoísmos, lembrando-nos que “a Igreja não é um posto alfandegário, mas a casa paterna”(Evangelii Gaudium, 47). Com gestos que falaram mais que palavras, abençoou as feridas da humanidade, beijou os pés dos refugiados, e fez da periferia o centro do Reino. Sua vida foi um Magnificat aos pobres, um canto de esperança para os que jazem nas sombras da história.
Hoje, como Igreja particular de Crato, mergulhada na dor que se transfigura em louvor, bendizemos ao Pai por este sinal profético em nosso tempo. Ele, o Papa do “sonhem grande!”, do “como eu gostaria de uma Igreja pobre e para os pobres!”, agora descansa no seio de Abraão, entre os profetas e os mártires, na Jerusalém celeste. O papa que olhou com carinho para o nosso Cariri: reconheceu o martírio da menina Benigna Cardoso, primeira beata do Ceará, que autorizou a abertura do processo de beatificação do servo de Deus, Pe. Cícero Romão Batista. Nosso coração transborda de gratidão por tanta delicadeza e cuidado para com a nossa gente.
Confiantes na promessa do Ressuscitado, não dizemos “adeus”, mas “a Deus“. Pois a morte é apenas o umbral da liturgia eterna, onde os servos fiéis entoam o Sanctus diante do Cordeiroredivivo. Que Maria, Mãe da Igreja, a quem ele consagrou seu ministério, o apresente à Trindade Santa. E que seu legado de ternura revolucionária continue a incendiar nossos corações.
“Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, ao chegar, encontrar vigilante” (Lc 12,37). Francisco, servo bom e fiel, entra no gozo do teu Senhor!
Diocese de Crato, 21 de abril de 2025,
Dom Magnus Henrique Lopes, OFMCap.
Bispo Diocesano
Deixe um comentário