Uma candidata do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 15 anos, que prefere não se identificar, diz ter sido impedida de fazer a prova no domingo (5), na Bahia, porque precisava fazer uso de uma bomba eletrônica de insulina para tratamento de diabetes.
O caso ocorreu no Colégio Perfil, no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Em nota, a assessoria de comunicação da escola afirmou que lamenta o ocorrido com a jovem, mas sustenta que apenas cede o espaço para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizar as provas do Enem.
“Todos os funcionários e colaboradores presentes, assim como a aplicação das provas e regras estabelecidas, são de responsabilidade do Inep”, diz a nota do colégio. O G1 procurou o Inep no domingo e nesta segunda-feira (6), e o órgão ficou de se pronunciar sobre o episódio.
A mãe da garota, que estuda no 1º ano do Ensino Médio, explica que a filha fez o exame apenas como um treino, já que ainda não concluiu a escola e não pode tentar vaga em uma universidade. “Ela se inscreveu para treino, para conhecer a prova, saber o tempo, redação, e se inscreveu junto com a irmã de 18 anos”, diz.
A adolescente relata que, inicialmente, teria sido informada por uma coordenadora do local de que ela poderia fazer a prova com a bomba eletrônica. “Assim que eu cheguei na escola, eu fui falar com a coordenadora que eu estava com a bombinha e ela perguntou se eu podia tirar, e eu disse que não. Depois que ela perguntou a uma pessoa, e disseram que eu poderia fazer”, conta.
Ela relata ainda que foi levada para uma sala onde ficou sozinha com uma fiscal, mas a coordenadora voltou atrás e disse que ela não poderia fazer a prova fazendo uso do equipamento.
Fonte: G1