Chapada do Araripe é destaque em exposição no Congresso Nacional como parte da campanha para candidatura a Patrimônio da Humanidade pela UNESCO

A Chapada do Araripe, conhecida por sua biodiversidade e relevância cultural, é o tema central de uma exposição na Câmara dos Deputados, Corredor do Anexo I, em Brasília. Organizada pela Fecomércio, por meio do SESC, e pela Fundação Casa Grande, a mostra integra a campanha para que o território seja reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. O objetivo é destacar a Floresta Nacional do Araripe-Apodi como um patrimônio natural e cultural. A exposição contempla dois equipamentos essenciais para o desenvolvimento sustentável do Cariri e do Ceará, os Complexos Ambientais Caminhos do Horto, em Juazeiro do Norte, e Mirante do Caldas, em Barbalha, que fazem parte da rede pública de equipamentos da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará (SEMA Ceará), sob gestão do Instituto Dragão do Mar (IDM).

O projeto resulta de uma colaboração entre diversas instituições que atuam na preservação e valorização da Chapada do Araripe. Alemberg Quindins, da Fundação Casa Grande de Nova Olinda, é um dos principais articuladores da ação. A iniciativa conta com o apoio de técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), da Universidade Regional do Cariri (URCA), da Universidade de Coimbra e outras entidades que fortalecem a candidatura da Chapada.

Entre os destaques da exposição está o Geopark Araripe, o primeiro geoparque das Américas, que ilustra a importância paleontológica, arqueológica e natural da região. A curadoria é do fotógrafo Augusto Pessoa, com 25 anos de pesquisa fotográfica e cinematográfica na Chapada. Suas imagens capturam a essência e a beleza do território, oferecendo uma perspectiva profunda sobre sua importância cultural e ambiental.

Complexos Ambientais: Turismo e Sustentabilidade

O Complexo Ambiental Mirante do Caldas (CAMC) é um exemplo de ecoturismo na Chapada do Araripe. Parte dos equipamentos geridos pela SEMA Ceará e IDM, o CAMC se consolidou como um centro de educação ambiental nos últimos três anos. Entre os atrativos, estão o teleférico e o Mirante do Caldas, que oferecem vistas panorâmicas, e o Borboletário do Cariri, coordenado por biólogos da URCA como parte do Programa Cientista Chefe Meio Ambiente (SEMA/Funcap). O reconhecimento do CAMC como geossítio pela UNESCO reforça seu papel no turismo sustentável.

O Complexo Ambiental Caminhos do Horto, também administrado pela SEMA Ceará e IDM, integra educação ambiental, cultura e turismo devocional. O teleférico permite aos visitantes contemplar a paisagem e vivenciar a devoção ao Padre Cícero, ligando a natureza da Chapada à religiosidade local.

Os dois complexos atuam de forma conjunta, promovendo ações formativas, culturais e de conscientização ambiental, com um compromisso sólido com o desenvolvimento sustentável e a valorização do patrimônio do Ceará.

A exposição no Congresso Nacional convida o público a explorar o impacto do Geopark Araripe e dos complexos ambientais na preservação da Chapada e na valorização da identidade cultural do Cariri. A “Exposição Bacia Cultural Sociobiodiversa da Chapada do Araripe” estará aberta ao público até o dia 15 de novembro.


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