Entre janeiro e junho de 2024, foram realizados 944 transplantes no Ceará pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número representa um aumento de 13,08% em relação ao mesmo período de 2023, quando 835 operações do tipo foram realizadas. Os destaques no Estado são os transplantes de córnea, fígado e rins, com 633, 122 e 106 registros, respectivamente. Também foram realizados 63 transplantes de medula óssea.
Em todo o País, 4.580 órgãos, além de 8.260 córneas e 1.512 medulas ósseas — classificadas como tecidos — foram doados nos primeiros seis meses de 2024, totalizando 14.352 transplantes. Em 2023 haviam sido 13.900. O aumento foi de 3,25%.
O Brasil tem o maior programa público de transplantes do mundo, o Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O órgão é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no País.
Cerca de 88% do financiamento é custeado pelo SUS, que conta com 728 estabelecimentos habilitados para a realização do procedimento em todos os estados.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), mais de R$ 1,3 bilhão foram repassados ao SUS para procedimentos de doação e transplantes em 2023. Até junho deste ano, R$ 718 milhões foram investidos nos atendimentos.
Outros R$ 46 milhões foram destinados ao funcionamento das centrais de transplantes das organizações de procura de órgãos e de projetos e convênios.
Autorização para doação de órgãos pode ser feita de forma online
Em abril deste ano, o Ministério da Saúde (MS), em parceria com Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Cartório Notarial do Brasil, desenvolveu uma iniciativa que permite a autorização para doação de órgãos e tecidos por meio de uma plataforma eletrônica.
A decisão ficará registrada nos cartórios nacionais por meio da implementação da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano (Aedo).
Por Gabriel Damasceno/O POVO
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