Nesta terça-feira (16), a Câmara Municipal de Juazeiro do Norte voltou a debater as propostas do programa de governo do prefeito Glêdson Bezerra, divulgado no processo eleitoral de 2020, e a situação de abandono nos bairros afastados do centro. Dos seis vereadores inscritos na tribuna, quatro abordaram o assunto.
O primeiro pronunciamento foi do vereador Subtenente Cirilo (DC). Ele trouxe à tona a realidade vivenciada pelos moradores do bairro Carité. O parlamentar apresentou vídeos de ruas da localidade tomada por buracos e cobrou providências por parte do prefeito.
Cirilo também lamentou a indiferença do secretariado municipal em relação aos requerimentos dos vereadores. Ele disse direcionou 34 requerimentos às pastas municipais desde que deixou a suplência e assumiu uma cadeira na Câmara Municipal. Segundo o vereador, nem uma requisição foi atendida.
“Esses secretários estão servindo só de enfeite de geladeira. Não servem para nada. Não resolvem nada. Eu não sou oposição, mas não precisa ser oposição para ver que Juazeiro está se acabando”, declarou Cirilo, em tom de revolta.
O vereador Márcio Joias (PRD), por sua vez, trouxe mais uma série de vídeos sobre promessas de campanha não cumpridas pelo prefeito. Desta vez, o parlamentar fez menção às propostas da criação da linha de ônibus circular e cobertura do anfiteatro do Parque Ecológico das Timbaúbas, que também não saíram do papel.
“Ele prometeu uma linha de ônibus gratuito para levar as pessoas dos bairros mais afastados para o centro da cidade. Nunca implantou isso e a gente tem que mostrar”, disse Márcio Joias.
Em um aparte, o presidente Capitão Vieira Neto (MDB) classificou o pacote de promessas não cumpridas como estelionato eleitoral. No entendimento do presidente, o atual prefeito plantou mentiras em seu plano de governo para angariar votos.
“Quando, em uma propaganda eleitoral, se faz promessas de campanha, divulgação do que eu pretendo fazer, ele tá trazendo uma esperança para a população. Ele está criando um ambiente propício a receber o voto. Antes eram promessas e hoje são mentiras”, reforçou o presidente.