Por Leonardo Henrique
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), decidiu, nesta segunda-feira (30), conceder a permissão para que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, se desfilie do Partido Democrático Trabalhista (PDT), sem correr o risco de perder o mandato. A decisão ainda cabe recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
Evandro judicializou a questão após ter a carta de anuência, concedida pelo diretório estadual sob o comando do senador Cid Gomes, anulada pela executiva nacional do PDT, controlada pelo deputado federal André Figueiredo. O impasse é um dos demais motivos que elevaram o acirramento interno da legenda no Ceará.
Caso o TSE decida manter a permissão, confirmada hoje pelo TRE, é possível que outros parlamentares, hoje filiados ao PDT, também consigam sair do partido. A legislação prevê que deputados e vereadores só podem trocar de sigla seis meses antes das eleições, sob pena de, por infidelidade partidária, perderem os cargos.
Com a iminente saída da legenda trabalhista, Evandro Leitão poderá se filiar a outro partido para postular sua candidatura a prefeito de Fortaleza, em 2024. Um dos possíveis destinos do presidente da Assembleia é o PT, onde há a expectativa de Evandro ingressar e disputar o comando da capital, com o apoio do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro da Educação e senador licenciado, Camilo Santana (PT).
Apesar disso, outros nomes também se colocam à disposição da base governista para pleitear no próximo ano. Entre eles, a deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins (PT), que, em setembro, lançou sua pré-candidatura para retornar à administração de Fortaleza. Também figuram a lista de pré-prefeituráveis da capital a deputada estadual Larissa Gaspar (PT) e o vereador fortalezense Guilherme Sampaio (PT).