Caio Cesar dos Santos Cruz foi representante da empresa israelense Cognyte, que vendeu o sistema FirstMile para o governo federal no fim da gestão Michel Temer.
O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), saiu em defesa do filho, um dos alvos da operação da Polícia Federal que apura o suposto monitoramento ilegal feito por servidores Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
De acordo com o militar, “não houve qualquer ilegalidade” no trabalho de Caio Cesar dos Santos Cruz, representante da empresa israelense Cognyte, que vendeu o sistema FirstMile para o governo federal no fim da gestão Michel Temer.
Caio César foi alvo de busca e apreensão e prestou depoimento por cerca de uma hora e meia à Polícia Federal.
Em nota enviada na noite de sexta-feira (20), o general disse ter sido surpreendido pela operação da PF e afirmou que o filho ainda não teve acesso ao inquérito.
Santos Cruz disse ainda confiar nas investigações e na Justiça.
“No dia de hoje, 20 de outubro de 2023, fomos surpreendidos com o mandado de busca e apreensão na residência do meu filho Caio César. Nunca houve qualquer ilegalidade no trabalho dele. Ainda não houve acesso ao inquérito. Confiamos nas investigações da Polícia Federal e na Justiça”, diz a nota assinada pelo ex-ministro.
Adquirida no final do governo Michel Temer, a ferramenta, segundo a investigação, foi usada amplamente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro para monitorar adversários políticos e jornalistas. Segundo a PF, o grupo usava sistema de geolocalização para monitorar localização e ligações telefônicas.
Santos Cruz só se tornou ministro-chefe da Secretaria de Governo quando Bolsonaro assumiu o governo no início de 2019. Porém, deixou o governo em seis meses, após entrar em colisão com a ala considerada mais radical do Palácio do Planalto. O general, então, se tornou um dos principais críticos do governo.
fonte:CNN