Por Leonardo Henrique
O presidente nacional do PDT, deputado André Figueiredo, decidiu, na manhã desta segunda-feira (2), afastar o senador Cid Gomes do comando estadual da legenda. Figueiredo, agora, acumula as duas presidências do partido, tanto no Ceará, como em nível nacional.
Cid Gomes assumiu a direção do PDT cearense, no mês de julho, em um acordo firmado entre ele e Figueiredo, que desmarcou a reunião do partido, ao meio-dia, convocada pelo senador.
André Figueiredo afirmou que, antes de tomar a decisão, entrou em contato com correligionários do PDT, dentre os quais Ciro Gomes, irmão de Cid, e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. O deputado pedetista acusou o senador de descumprir acordos.
“Lamentavelmente, nos últimos três meses, nós tivemos dificuldades em relação à pacificação. Nosso partido continua sendo pauta nos jornais de forma negativa. Não dá para conviver com esse desarranjo institucional que está vivendo o PDT”, enfatizou André Figueiredo.
O presidente nacional e, novamente, estadual da sigla destacou, entre outras atitudes, a “carta de anuência” dada pelo diretório do PDT cearense ao deputado Evandro Leitão, que poderá se filiar ao PT para disputar a prefeitura de Fortaleza em 2024. Outra decisão que incomodou André foi a pautação do possível ingresso dos trabalhistas na base do governador Elmano de Freitas (PT).
Desde o rompimento da aliança entre PDT e PT nas eleições estaduais de 2022, Cid Gomes defende que as siglas reintegrem a parceria, que comandou o Ceará por 16 anos. O senador dizia ser um “catalisador” da união e que trabalharia para pacificar o partido, após o processo eleitoral.