Avaliação é de que um posicionamento público de Joe Biden sobre a entrada do Brasil no Conselho de Segurança poderia fortalecer o pleito de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta quarta-feira (20) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O encontro é considerado pela diplomacia brasileira como a reunião bilateral mais importante de Lula, em viagem para a Assembleia-Geral da ONU.
A reunião tem como pauta central fechar um pacto em defesa de melhores condições de trabalho. A CNN já adiantou que os chefes de estado devem assinar a “Coalizão Global pelo Trabalho” em defesa de sindicatos e da regulamentação dos serviços por aplicativos.
Fontes relataram à reportagem que Lula quer aproveitar a reunião para defender um reequilíbrio das forças mundiais em organismos multilaterais. Ou seja, reafirmar a Joe Biden que o Conselho de Segurança da ONU precisa de mudanças, e que o apoio dos Estados Unidos para a entrada do Brasil no grupo com direito a veto é estratégico.
O governo brasileiro tem negociado com os Estados Unidos pelo menos a possibilidade de um aceno público da potencial mundial para a entrada do Brasil no Conselho de Segurança. A avaliação é de que um posicionamento público de Joe Biden poderia fortalecer o pleito de Lula.
Na terça-feira (19), após encontro com o petista, o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu uma repactuação dos organismos multilaterais.
Lula quer evitar falar sobre guerra
Lula também quer evitar tratar com o presidente norte-americano sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.
A avaliação do governo brasileiro é de que o encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, marcado para a tarde desta quarta-feira (20), acabou ofuscando a reunião com Joe Biden. Mesmo que Biden decida tratar do tema, a orientação da diplomacia brasileira é para que o petista tente sair pela tangente.
Lula tem dito que a agenda com Zelensky não é prioritária e que vai mais ouvir do que falar.
Fonte: CNN