O Banco Central (BC) registrou novos recordes de transações financeiras via Pix nesta semana. Na terça (6) e quarta-feira (7), foram registradas mais de 124,7 milhões de operações. Nos dois dias, foram quase 250 milhões de transações do tipo registradas pelo sistema financeiro e contabilizadas pela autoridade monetária.
Segundo o BC, o último recorde foi registrado no dia 5 de maio, com 124,3 milhões de transações. A autarquia observa que os últimos meses têm registrado o crescimento da participação da modalidade instantânea de pagamentos entre pessoas físicas para comerciantes, representando quase 30% dos Pix realizados no mês de maio.
Desde o seu lançamento, em novembro de 2020, o Pix teve ampla adoção como meio de transferência digital, principalmente entre pessoas físicas. Vem crescendo também, conforme o Banco Central, a utilização como meio de pagamento por empresas, administração pública e empreendedores formais e informais.
Segundo o relatório de Economia Bancária do BC, em 2022, 51% das transações Pix foram feitas por pessoas jurídicas, sendo 30% feitas por empreendedores informais, com tíquete médio de R$ 124.
Segundo a pesquisa Prime Time for Real-Time Report, divulgada em março, o Brasil foi o segundo país do mundo que mais utilizou meios de pagamentos instantâneos em 2022, ficando atrás da Índia. No ano passado, o Pix ultrapassou a marca de 24,1 bilhões de transações no país.
Para aprimorar a segurança da ferramenta, o Banco Central anunciou medidas que entram em vigor no mês de novembro. O BC disponibilizará campos específicos nas notificações de fraude para que sejam especificados os tipos de crime, como falsidade ideológica ou “conta laranja” e a razão da notificação, como golpe, estelionato, invasão de conta e coação.
Outra mudança anunciada é a ampliação do conjunto de dados de segurança do Pix, disponibilizados para a consulta das instituições participantes. As informações devem ser usadas para as análises antifraudes das transações.
O Pix possui mais de 149 milhões de usuários e 613,7 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) do Banco Central.
Fonte: CNN Brasil