Em sessão plenária realizada nesta terça-feira (23), vereadores de Juazeiro do Norte voltaram a exigir da gestão municipal o fim das filas para marcação de consultas, exames médicos e cadastramento de medicamentos controlados. O problema tem persistido mesmo com as recorrentes cobranças dos parlamentares, imprensa, população e Ministério Público do Ceará (MPCE).

Em pronunciamento durante o Grande Expediente, o presidente da Casa, vereador Capitão Vieira Neto (PTB), questionou quais os esclarecimentos enviados pela administração municipal ao MPCE. Isso porque, na semana passada, o órgão ministerial deu 24 horas para que a Prefeitura de Juazeiro do Norte adotasse medidas para pôr fim às filas e regularizasse a entrega de medicamentos.

“A responsabilidade é exclusiva do prefeito [Glêdson Bezerra]. Ele tem que dar uma resposta sobre esses medicamentos que estão faltando, sobre o cadastramento e sobre a Central de Marcação. Nós solicitamos que a prefeitura encaminhe [à Câmara] essa resposta da recomendação feita pelo Ministério Público”, reforçou o presidente.

Suspensão do contrato do lixo repercute na Câmara

Ainda na sessão ordinária desta terça-feira (22), vereadores debateram a decisão da Justiça que suspende o contrato administrativo entre Prefeitura de Juazeiro do Norte e a empresa MM Locações, responsável pela limpeza pública do município. 

O assunto foi levantado pelo vereador Darlan Lobo (PTB). Ele destacou pontos da decisão judicial, como propostas de preços de combustíveis muito abaixo do praticado no mercado. A empresa vencedora contabilizou os preços do litro da gasolina e do diesel a R$ 0,84 e R$ 0,73, respectivamente.

Darlan apontou suspeitas de fraude no processo licitatório e prometeu acionar o Ministério Público (MP). “Vamos encaminhar todos os requerimentos ao MP. Para poder ressarcir o erário, a gente já pede que o Ministério Público entre com um pedido de bloqueio dos bens do [ex]-secretário Diogo Machado, que é quem assinou”, disse Darlan.