Ceará tem 256 mil mulheres a mais do que homens; confira pesquisa completa

O Ceará tem cerca de 256 mil mulheres a mais do que homens. A população do Estado é composta por 4,7 milhões de mulheres (51,4%) e 4,5 milhões de homens (48,6%). O analfabetismo é menor entre as mulheres do que entre os homens no Ceará e escolarização das mulheres é maior que a dos homens; em 2023, o nível de instrução das mulheres, com 25 anos ou mais de idade, superou a dos homens cearenses. Essas são apenas algumas das muitas conclusões reveladas no Ipece/Informe (Nº 267 – Março/2025) – O perfil da mulher no Ceará – 2023.

Proporção de homens e mulheres residentes no Ceará em 2023

O trabalho, elaborado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Ceará, também mostra outras importantes constatações: o rendimento médio da mulher ocupada foi melhor que o dos homens; o número de mulheres no papel de “pessoa de referência” superou o de homens no Ceará; quem mais utilizou a internet foi as mulheres e que o percentual de domicílios com maior prevalência de segurança alimentar são os domicílios chefiados por homens (70,5%).

Percentual da renda per capita total acumulada por estratos da População e sexo da pessoa de referência: Ceará – 2023

Elaborado por Raquel Sales e Jimmy Oliveira, respectivamente assessora Técnica e analista de Políticas Públicas da Diec, que tem como diretor o professor José Meneleu Neto, também traz outras informações: entre os 20% mais pobres, 61,4% são de domicílios liderados por mulheres , ou seja, 22,8 pontos percentuais a mais que os homens, e a proporção de domicilios em situação de pobreza em domicílios chefiados por mulher (10,5%) foi maior do que por homens (7,9%).

Raquel Sales explica que as transferências de renda podem impactar as mulheres. O rendimento domiciliar per capita para as mulheres pobres no cenário que não receberam uma transferência de renda no Ceará seria de R$ 966,15 enquanto dos homens de R$ 1.394,46, ou seja, diferença bem maior que no cenário com transferência (R$ 428,31 contra R$ 389,59).

A Assessora Técnica ressalta que, apesar das mulheres terem mais escolaridade e estarem a frente dos lares, elas recebem menor remuneração. “Políticas voltadas às mulheres mais vulneráveis são de extrema importância pois as mulheres que chefiam domicílios são mais afetadas pela pobreza, insegurança alimentar e na simulação sem programa social a desigualdade era maior”, frisa.

Para concluir, ela informa que a desigualdade entre homens e mulheres, tanto em questões sociais como econômicas são constatadas em estatísticas diversas. E que o o trabalho (Ipece/Informe) utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para extrair estatísticas por gênero, e portanto, construir o perfil da mulher no Ceará em 2023. Além dessa introdução esse informe conta com seções sobre participação das mulheres na população, indicadores de educação, acesso a internet, renda e pobreza.


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