Café, chocolate e carne ficam mais caros e são vilões da inflação em um ano

A inflação oficial do país acelerou 5,48% em um ano, de março de 2024 ao mesmo mês deste ano. Os números mostram que os preços não deram alívio ao bolso do consumidor no acumulado dos últimos 12 meses. O café moído foi o produto que exerceu a maior alta no período. Na lista, itens como cigarro, chocolate, carne e etanol também pesaram nas contas dos brasileiros.

Segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgado nesta sexta-feira (11), frutas como tangerina, abacate e laranja-lima ficaram no topo do ranking de vilões da inflação, com altas de 52,71%, 31,26% e 23,13%, respectivamente.

O café moído foi o item que exerceu o maior impacto individual sobre a inflação em um ano. No período, o item quase essencial no café da manhã dos brasileiros teve alta de 77,78%. No primeiro trimestre do ano, a alta foi de 30,04%, e somente em março em relação a fevereiro, houve avanço de 8,14% nos preços.

O cafezinho já preparado e servido em padarias, lanchonetes, bares e restaurantes, aumentou 12,26%.

Outro item em destaque foi o óleo de soja, que exerceu o sétimo maior impacto individual sobre a inflação e teve alta de 24,36% no acumulado do ano.

O resultado também foi influenciado pelo aumento do preço do cigarro, que subiu 22,46% no período. Em agosto do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou a cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre cigarros. Desde setembro, o preço mínimo para venda do maço de 20 cigarros no varejo passou de R$ 5 para R$ 6,50.

Chocolate e carnes mais caros

O preço dos chocolates em barra e bombons também ficaram mais caros nos últimos 12 meses. Tradicionalmente associados às celebrações da Páscoa, o item teve alta de 21,77% em um ano. O grupo açúcares e derivados, do qual ele faz parte, subiu 9,49%.

As carnes também estão pesando mais no bolso dos brasileiros. No acumulado de 12 meses, o grupo teve alta de 21,16%. Os destaques ficaram com acém (25,54%), pá (23,22%) e patinho (22,5%). O lagarto comum e a capa de filé também tiveram altas expressivas (22,31% e 22,05%, respectivamente).

Queridinhas dos brasileiros, a costela (21,68%), alcatra (21,37%), e a picanha (12,38%) também encareceram, assim como a carne de porco (21,2%), o contrafilé (20,46%) e o músculo (19,44%).

Alta nos preços dos combustíveis

O preço dos combustíveis para veículos também ficou mais caro em um ano. O grupo teve aumento de 11,63% no acumulado dos últimos 12 meses, com destaque para as altas do etanol (20,08%), gasolina (10,89%), óleo diesel (8,13%) e gás veicular (3,92%).

Transporte público

O grupo transporte público teve alta de 6,15% em 12 meses. O transporte por aplicativo ocupou o primeiro lugar do grupo, com alta de 18,27%.

A tarifa de integração do transporte público, ônibus interestadual, passagem aérea, transporte escolar e trem foram alguns dos itens desse segmento que também ficaram mais caros.

Fonte: R7

 

 

 


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