Meu Celular: Forças de Segurança do Estado recuperaram mais de 6 mil celulares

Novo lote começou a ser entregue nesta sexta (14), com 1.016 aparelhos

Implementado há menos de um ano, o programa Meu Celular, do Governo do Ceará, já possibilitou que as Forças de Segurança do Estado recuperassem mais de 6 mil celulares furtados, roubados ou perdidos. Nesta sexta-feira (14), o governador Elmano de Freitas, acompanhado da cúpula da Segurança Pública, participou da entrega do novo lote de aparelhos no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), em Fortaleza.

O governador ressaltou a contribuição da iniciativa para a queda significativa nos registros de roubo e furto de celulares no Ceará. “Estamos devolvendo, nesse período em que lançamos o programa [abril de 2024], mais de 6 mil celulares, e tivemos uma redução de furto e roubo. Quase 11 mil celulares foram recuperados ou deixaram de ser roubados no Ceará. Resultado do trabalho intenso das nossas Forças de Segurança e, ao mesmo tempo, articulado com o Poder Judiciário, Ministério Público e as operadoras [de telefonia]”, destacou.

Ao todo, 1.016 aparelhos serão entregues desta sexta até a próxima semana. Um deles é o da vendedora de água Michele Silva, 41, que foi assaltada no Centro de Fortaleza no ano passado. Ela comprou o celular de maneira parcelada e, em janeiro deste ano, pagou a última parcela.

“Estava sem esperança, rasguei até o Boletim de Ocorrência, mas fiquei muito feliz quando a Polícia me ligou nesta semana. Eu disse ao policial que foi um trabalho incrível, porque o que a gente compra é muito suado”, disse.

O secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, pontuou o trabalho para enfraquecer a rede que lucra com esse tipo de crime. “Tem um crime que, em tese, não tem uma violência quando há a compra de um bem que é produto de roubo, que é a receptação, mas na origem do crime normalmente é uma violência muito grande. É importante a gente investigar toda essa cadeia de crime para chegar ao destinatário desse produto do roubo, que comercializa esses bens”, afirmou.

O estudante de odontologia Hugo Muniz, 25, teve o celular furtado em 2022 durante um evento privado na Capital. Na ocasião, o autor do crime conseguiu acessar a conta bancária do Hugo e efetuar um saque. “É um sentimento de alívio e até uma esperança, porque a gente vê que realmente a segurança está funcionando, conseguindo recuperar esses celulares”, ressaltou o estudante.

O Meu Celular engloba a ferramenta www.meucelular.sspds.ce.gov.br e as operações da Polícia Civil do Ceará. Nesse sentido, a PCCE tem buscado identificar os proprietários de aparelhos recuperados em operações, a partir das investigações realizadas pelo setor de Inteligência que atuou, cruzando informações fornecidas pelas as operadoras telefônicas e os Boletins de Ocorrência (BOs).

Como funciona a ferramenta?

Para fazer o cadastro, o usuário deve criar um perfil em meucelular.sspds.ce.gov.br, informando seus dados pessoais, a marca, modelo, IMEI e nota fiscal (caso ainda tenha) do aparelho comprado ou já utilizado.

Caso seja roubado, furtado ou tenha o aparelho extraviado, o usuário entra no endereço da plataforma e protocola a ocorrência, clicando em um alerta que sinaliza a restrição.

O alerta fica pré-ativado, inicialmente, por 72 horas, simbolizado pela cor laranja. O usuário deve formalizar um Boletim de Ocorrência (BO) com o IMEI, permitindo que o alerta seja convertido para a cor vermelha e assim permaneça até que seja recuperado.

Em qualquer abordagem realizada pela Polícia Militar do Ceará (PMCE), caso o alerta esteja ativado, a composição conseguirá identificar a restrição, por meio de um aplicativo cadastrado em smartphones utilizados nas viaturas.

O celular será apreendido e a situação será conduzida à Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) para os trâmites necessários (prisão, apreensão ou registro de Termo Circunstanciado de Ocorrência, a depender da situação).

O delegado-geral da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez, reforçou que a Polícia Civil tem intensificado as investigações e apreensões dos celulares subtraídos no estado. “O primeiro passo é a localização do aparelho. Descobrimos quem está na posse desse aparelho e, a partir de então, a gente envia uma mensagem para a pessoa para que devolva o aparelho em uma Delegacia da Polícia Civil. O nosso índice de devolução é de 70%, aproximadamente, das pessoas que são notificadas”, detalhou.

Ainda segundo ele, é necessário a conscientização para que celulares não sejam adquiridos ilegalmente. “Em sua grande maioria, são pessoas que, infelizmente, não tomaram as medidas de cautela necessárias no momento da aquisição. Então, não verificaram a procedência do aparelho, a procedência do próprio vendedor, muitas vezes nem sabe quem é o vendedor, faz uma compra pela internet. Também não verifica se tem alguma restrição naquele aparelho através dos sistemas, do próprio Meu Celular”, alertou.

Por Larissa Falcão/Casa Civil


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