Por Madson Vagner
O prefeito de Missão Velha, Rosemberg Macêdo, o Dr. Lorin (PSB), deve virar algo da segunda investigação em menos de 30 dias. O mais recente escândalo é a contratação da nova empresa para a coleta, poda e transporte dos resíduos sólidos (lixo) domiciliares e comerciais. Segundo edital de licitação, publicado pela Secretaria de Meio Ambiente em 6 de janeiro, os serviços terão valores estimados em R$ 609 mil por mês, totalizando um pouco mais de R$ 7,3 milhões por ano.
O valor proposto pela licitação é 45% maior em comparação com o atual contrato de R$ 420 mil ao mês, cerca de R$ 5 milhões ao ano. Quando o Dr. Lorim assumiu a Prefeitura em agosto de 2021, o serviço custava R$ 230 mil ao mês, pouco mais de R$ 2,7 milhões. Em menos de quatro anos o valor subiu mais de 160%, o que pode ser avaliado como superfaturamento. Segundo informações, a denúncia está sendo formalizada para o Ministério Público do Estado (MPCE) e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Na base de oposição, liderada pelos ex-prefeitos Washington Fechine e Diego Feitosa, o caso é tratado como absurdo e passível de investigação. Além dos valores, há dúvida na composição do edital, sob acusação de direcionamento. Nos bastidores e em vários veículos de imprensa, há denúncias com o nome da empresa que ganhará a concorrência, que acontece no dia 24 deste mês.
Missão Velha é um dos 18 municípios do Cariri investigados pela Polícia Federal e Ministério Público Federal por uso das chamadas emendas PIX. Missão Velha recebeu R$ 2 milhões, mas a gestão de Dr. Lorim garante que tudo foi informado no Portal da Transparência, além da plataforma ‘transfere.gov.br’ indicada pelo Governo Federal para prestação de contas.
Deixe um comentário