Cariri tem 22 municípios com lixões ativos; Ceará entre os que mais poluem

Por Madson Vagner

Ainda esperando uma solução para o aterro consorciado, a região do Cariri amarga números preocupantes com relação ao descarte dos seus resíduos sólidos. Segundo dados do Projeto Estratégias de Gestão e Manejo de Resíduos Sólidos (EGMARES), cerca de 22 municípios da região ainda têm lixões ativos. A espera levou municípios como Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Brejo Santo a desenvolverem soluções alternativas, como aterros controlados e contratação de aterros particulares.

O estudo, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), mostra que os lixões estão causando danos aos lençóis freáticos, emitindo gases de efeito estufa, contribuindo para a proliferação de doenças, aumentando a probabilidade de queimadas e colocando em risco direto à saúde das pessoas.

A situação preocupante se estende ao Ceará. Segundo o Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais do IBGE, cerca de 80,9% dos municípios no Estado utilizam os lixões como destino final dos resíduos sólidos. No ranking nacional do uso de lixões para descarte irregular, o Ceará ocupa o 5° lugar, entre os piores.