A utilização de cheques no Brasil caiu 18,4% em 2024 em relação ao ano anterior, em 137,6 milhões de usos, e 95,87% desde 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, mostra levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O estudo tem como base a Compe (Serviço de Compensação de Cheques).
No ano passado, o total do volume financeiro dos cheques somou R$ 523,19 bilhões, queda de 14,2% ante 2023.
“Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil. São diversos motivos que ainda fazem este documento de pagamento sobreviver: resistência de alguns clientes com os meios digitais, uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento, utilização como caução para uma compra, como opção em localidades com problemas de internet, entre outros”, pondera Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
Além disso, complementa o diretor, os dados também mostram que o valor médio do cheque é mais alto, o que significa que a população está usando este meio de pagamento para transações de maior valor, enquanto as transações menores e do dia a dia são feitas com o Pix.
No ano passado, o tíquete médio do documento foi de R$ 3.800,87 ante R$ 3.617,60 de 2023.
Por Isabela Mendes/Estadão Conteúdo/CNN
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