A Secretaria do Esporte (Sesporte), em parceria com a Secretaria dos Povos Indígenas e a Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará (FEPOINCE), realiza, entre os dias 23 e 26 de janeiro, a 12ª edição dos Jogos Indígenas do Ceará. O evento será realizado na Terra Indígena do Povo Tapuya-Kariri, na Aldeia Gameleira, em São Benedito, com a execução do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH).
A expectativa é reunir 900 participantes que competirão em nove modalidades: Arco e Flecha, Arremesso de Lança, Cabo de Guerra, Corrida da Tora, Corrida Revezada, Futebol de Campo, Nado Livre, Queda de Braço e Tiro de Baladeira.
Com o intuito de promover a integração entre os povos indígenas e estimular um intercâmbio cultural, esportivo e de lazer, o evento contará com a participação de 16 etnias, incluindo: Tremembé, Anacé, Tapeba, Pitaguary, Potyguara, Kanindé, Tupinambá, Jenipapo-Kanindé, Gavião, Tabajara, Kalabaça, Kariri, Karão Jaguaribara, Tapuya-Kariri, Tubiba-Tapuia e Karão Jaguaribara.
A cerimônia de abertura contará com a presença de Jorge Tabajara, secretário-executivo dos Povos Indígenas, que destaca a importância da articulação da Sepince para a realização do evento: “Os Jogos Indígenas do Ceará são uma grande demonstração da força e resistência dos nossos povos. A articulação entre as diversas entidades e povos é fundamental para a realização desse evento, que celebra nossa cultura, nossa história e nossas tradições. Estes jogos não são apenas uma competição esportiva, mas uma oportunidade de reafirmar nossa identidade e fortalecer os laços entre as diferentes etnias do Estado. A Sepince tem um papel central em apoiar e promover iniciativas como essa, que contribuem para a valorização dos direitos e das práticas culturais dos povos indígenas.”
Ele também ressalta a importância dos jogos para os povos indígenas: “Este evento é um marco na preservação e no resgate das modalidades tradicionais que nos conectam com nossos ancestrais. Além de ser uma forma de lazer e confraternização, os Jogos Indígenas do Ceará representam um momento de visibilidade e respeito pela nossa cultura, fortalecendo nossa identidade e unidade entre os povos.”
O evento também conta com a colaboração de diversas organizações, como a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), a Articulação das Mulheres Indígenas no Ceará (AMICE), a Organização dos Professores/as Indígenas no Ceará (OPRINCE) e a Coordenação da Juventude Indígena do Ceará (COJICE).
Por Julyanna dos Santos/Sepince
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