Governo sanciona lei que autoriza pulverização de agrotóxicos por drones no Ceará

O Governo do Ceará sancionou, nesta quinta-feira (19), o projeto de lei que autoriza o uso de drones para a pulverização de agrotóxicos no estado. O projeto é de autoria do deputado Felipe Mota (União Brasil). A sanção foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta, após aprovação do projeto na Assembleia Legislativa.

O projeto de lei altera a Lei Zé Maria do Tomé, aprovada em 2018 (e sancionada em janeiro de 2019) que proibia a pulverização aérea de agrotóxicos em todo o território cearense. A lei foi sugestão do deputado Renato Roseno (Psol) e co-autoria do atual governador do Ceará, Elmano de Freitas, que era deputado à época.

Apesar de ser proposto por parlamentares da oposição, a matéria para autorizar o uso de drones teve apoio da ampla maioria dos deputados estaduais da base aliada ao Governo do Estado. Foram 22 votos favoráveis, nove contrários e uma abstenção. Veja detalhamento abaixo.

Votos na plataforma virtual

Favoráveis

  • David Durand
  • Queiroz Filho
  • Firmo Camurça
  • Carmelo Neto
  • João Jaime

Contrários

  • Apollo Vicz
  • Emília Pessoa
  • Lucinildo Frota
  • Martha Brandão
  • Lia Gomes
  • Jô Farias

Votos presenciais

Favoráveis

  • Osmar Baquit
  • Danniel Oliveira
  • Agenor Neto
  • Alcides Fernandes
  • Almir Biré
  • Alysson Aguiar
  • Cláudio Pinho
  • Felipe Mota
  • Guilherme Bismarck
  • Júlio César Filho
  • Leonardo Pinheiro
  • Lucílvio Girão
  • Marcos Sobreira
  • Nizo Costa
  • Romeu Aldigueri
  • Sargento Reginauro
  • Sérgio Aguiar

Contrários

  • Guilherme Sampaio
  • Missias Dias
  • Renato Roseno

Abstenção

  • De Assis Diniz

Lei Zé Maria do Tomé

Após a aprovação da Lei Zé Maria do Tomé, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) chegou a ajuizar uma ação contra lei, alegando que seria responsabilidade da União, e não do estado do Ceará, legislar sobre o tema, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a validade da lei.

Com a confirmação, o Ceará se tornou o primeiro estado do Brasil a proibir a prática da pulverização aérea. Desde então, projetos semelhantes foram apresentados em outras unidades da federação, como Pará e Maranhão.

Por g1 CE