Truth Social e Tesla disparam com vitória de Trump; Elon Musk fica R$ 109 bilhões mais rico

Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), ganhou mais de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) nesta quarta-feira (6), até às 14h, segundo o ranking de bilionários em tempo real da revista Forbes.

A fortuna de Trump cresceu mais de 6% em poucas horas, indo de US$ 6 bilhões para US$ 6,4 bilhões (cerca de R$ 36,8 bilhões). Essa é uma consequência da disparada dos preços das ações de sua empresa de rede social, a Truth Social.

As ações da companhia, que Trump criou em 2022 para rivalizar com o antigo Twitter, após ser banido da plataforma, subiam mais de 8% por volta das 14h.

Já seu apoiador e homem mais rico do mundo, Elon Musk viu seu patrimônio crescer em US$ 18,9 bilhões (cerca de R$ 109 bilhões), também até às 14h. As ações da Tesla, sua montadora de veículos elétricos, subiam 14% no mesmo horário, na esteira da vitória de Trump.

Musk, fundador da Tesla e da SpaceX ficou mais de 7% mais rico na manhã desta quarta-feira, com sua fortuna partindo de US$ 264,7 bilhões para US$ 283,6 bilhões.

“As ações da Tesla estão crescendo […] devido às relações privilegiadas de Elon Musk com Donald Trump” que “lhe deve muito”, explica Andrea Tueni, analista de mercado do Saxobank, à AFP.

Truth Social

As ações da Truth Social já haviam começado a subir em outubro, devido ao aumento das expectativas de que Trump poderia ser eleito.

No fim de setembro, a situação era completamente diferente. Os papéis da companhia viviam um período ruim e chegaram a despencar mais de 40%, por conta de resultados muito baixos apresentados nos balanços corporativos.

É que, em agosto, a Truth Social mostrou uma receita de cerca de US$ 837 mil, um número considerado muito baixo para uma empresa com valor de mercado avaliado em aproximadamente US$ 4,7 bilhões. E a volta de Trump ao X naquele mês pesou ainda mais sobre as ações da companhia.

Apoio de Musk

O bilionário Elon Musk, que também é dono do Xanunciou oficialmente o apoio a Trump em julho, horas depois de o ex-presidente sobreviver a uma tentativa de assassinato durante um comício em Butler, na Pensilvânia.

Desde então, o empresário fez doações milionárias para a campanha do republicano e chegou a sortear US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) por dia para eleitores registrados na Pensilvânia, considerado um dos estados-chave para decidir a eleição presidencial americana.

Por Júlia Nunes/g1