O Centro de Atenção Psicossocial III (CAPS) iniciou nesta terça-feira, 14, a ‘Semana de Luta Antimanicomial’. O evento se estende até o dia 23 de maio, e visa debater o direito das pessoas com transtorno mental a uma rede de serviços de cuidado em saúde mental. A ação engloba palestras, rodas de conversa, massoterapia e estratégias de acolhimento. A semana é destinada aos assistidos pelo CAPS.
O início do evento contou com um momento de autocuidado, através da esmaltação. A ação foi desenvolvida em parceria com o Centro Universitário Doutor Leão Sampaio. Na sexta-feira, 17, os participantes terão acesso à palestra “O Movimento da Luta Antimanicomial que se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental”. Também, será ofertado uma sessão de massoterapia e roda de conversa sobre alimentação saudável.
A programação continua na terça-feira, 21, com debate sobre ‘Alimentação saudável’. Na quarta-feira, 22, os profissionais mediam a roda de conversa ‘Sobre a importância do autocuidado’. O momento também contará com a realização de testes rápidos. A ‘Semana de Luta Antimanicomial’ encerra na quinta-feira, 23, com uma palestra acerca do fortalecimento do senso de comunidade e pertencimento.
Para Dayse Luz, diretora de saúde mental, é necessário ampliar o debate sobre a luta antimanicomial. “Esse movimento se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro dele está o combate à ideia de que se deve isolar o paciente com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a condição Precisamos ampliar e sensibilizar mais pessoas sobre isso”, explica.
O Movimento da Reforma Psiquiátrica iniciou no final da década de 70. Em 1987, dois eventos marcantes ocorreram, delineando o marco para a escolha do dia que simboliza essa luta: o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental em Bauru-SP e a I Conferência Nacional de Saúde Mental em Brasília.