Problemas na estrutura física da base do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) viraram motivo de cobrança na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, durante a sessão plenária desta quinta-feira (11). Pelo menos cinco vereadores expressaram preocupação com as condições do prédio, que é de responsabilidade do município.
O assunto foi colocado em pauta pelo vereador Márcio Joias (PRD), que deu continuidade uma série de vídeos sobre promessas de campanha não cumpridas pelo atual gestor. Em visita à base, ele constatou infiltrações nos alojamentos, colchões encardidos e ares-condicionados sem funcionar.
“Eu fui até o prédio e a gente mostrou que nunca teve uma reforma, nem melhorias. Pelo contrário, o que a gente encontrou foi salas mofadas, colchão mofado, ar-condicionado sem funcionar, janelas e portas danificadas. Um verdadeiro descuido, totalmente destruído o prédio do Samu”, disse o vereador.
O pronunciamento de Márcio foi endossado por Dr. Victor Lacerda (PSB), que integra a equipe de médicos do Samu Juazeiro. O parlamentar, inclusive, já havia endereçado requerimentos à gestão municipal solicitando os reparos na base. Ele ressaltou a necessidade de garantir um ambiente adequado para acolher os profissionais.
“O Samu está com risco de cair sobre a cabeça dos profissionais. Infiltrações, água correndo por dentro das lâmpadas. Os profissionais estão passando por uma situação insalubre na atual base do Samu”, alertou Dr. Victor Lacerda.
Popular sobe à tribuna
O líder comunitário Pedro Soares relatou a dificuldade dos moradores do Sítio Catolé para continuar utilizando um campo de futebol naquela localidade. Segundo ele, o terreno tem dois proprietários – o que detém 30% do espaço liberou o acesso aos desportistas, mas dono da outra parte iniciou a construção de um muro que corta o campo.
“A comunidade utilizava esse espaço para tudo, para o esporte, fazer caminhada no fim de tarde. Como tá interditado, a comunidade esta sem uma área para praticar esporte. Tinha um colégio, foi fechado, tinha uma quadra, que foi interditada. Estamos de mãos atadas porque não temos mais um local para o esporte”, afirmou.
Na ocasião, vereadores sugeriram que o município faça a compra do espaço ou permuta com outro terreno. “A única saída que vejo ainda é, como o muro está baixo, a prefeitura comprar ou fazer a permuta com outro terreno”, disse o vereador William Bazilio – Bilinha (PT).
Balanço dos trabalhos
O 1º vice-presidente Raimundo Jr. (MDB), que conduziu os trabalhos, fez uma avaliação da sessão ordinária dessa quinta (11). Ele destaca a participação dos vereadores e as denúncias sobre serviços não realizados.
“Tivemos várias participações dos vereadores, várias denúncias. Isso é importante a gente trazer esse debate, uma sessão tranquila com cada vereador fazendo o seu posicionamento de forma bem educada, bem direta”, avaliou.