Por Agência News Cariri
O juiz federal da 16ª Vara de Juazeiro do Norte, Fabrício de Lima Borges, decidiu condenar duas mulheres por falsidade ideológica, após fraudarem o sistema de cotas para alunos de escola pública ingressarem na Universidade Federal do Cariri (UFCA).
As ocorrências, de 2016 e 2018, se deram quando as condenadas tentaram fazer com que os filhos, menores de idade, entrassem no curso de Medicina da instituição de ensino.
Foi constatado que os filhos das acusadas eram estudantes, durante o ensino médio, de escolas privadas na região do Cariri. Mas, no final de cada ano letivo, os menores eram transferidos para uma escola pública da zona rural de Missão Velha, onde uma das rés era coordenadora pedagógica.
Ao adotar essa prática, o objetivo das acusadas era burlar o sistema de cotas, para constatar que seus filhos haviam feito todo o ensino médio em escolas públicas e, assim, conseguirem vantagem no processo seletivo.
Na decisão, o juiz Fabrício entendeu que a migração incomum dos estudantes, notadamente oriundos de renomadas escolas particulares, tinha o intuito de fraudar a política de cotas, bem como elevar as notas da escola receptora no ranking educacional.
As acusadas foram condenadas a dois anos e seis meses de reclusão, pena que foi convertida no pagamento de R$ 15 mil em prestação pecuniária à UFCA, prestação de serviços comunitários e multa.