Por Leonardo Henrique
Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o ex-presidente queria esconder alvos da Polícia Federal no Palácio da Alvorada.
As informações foram divulgadas pelo site UOL, que teve acesso à delação de Mauro Cid. O tenente apontou, entre os possíveis refugiados por Bolsonaro, os influenciadores digitais Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza.
Os dois fugiram para o Paraguai após o ministro Alexandre de Moraes determinar suas prisões, em dezembro do ano passado, por envolvimento nos acampamentos golpistas. Eustáquio permanece no país, por ter entrado com pedido de refúgio, mas Fugazza foi preso.
O ex-ajudante de ordens disse que Bolsonaro mandou esconder Eustáquio no Alvorada, residência oficial da presidência da República. A defesa do ex-presidente nega as acusações.
Mauro Cid ainda alegou ter convencido Bolsonaro a mudar de ideia, pois abrigar envolvidos nos acampamentos golpistas poderia prejudicá-lo perante o STF. Ainda assim, o ex-presidente ordenou que um carro oficial levasse Eustáquio para outro lugar, evitando que houvesse rastreamento.