Pesquisa da FGV será apresentada em seminário do Ministério do Desenvolvimento Social que marca 20 anos da criação do programa
A maioria das pessoas entre 7 e 16 que participou da primeira geração de beneficiários do programa Bolsa Família conseguiu, quando atingiu a idade adulta, deixar o Cadastro Único e deixar de receber o auxílio.
Os dados estão em um estudo da Fundação Getúlio Vargas feito em parceria com o Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) sobre os 20 anos do programa.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, estará em evento nesta terça-feira (26) no qual esse e outros dados sobre da política pública serão apresentados.
A pesquisa foi feita para investigar se houve e como se deu a mobilidade social na base da pirâmide social brasileira após a implementação do Bolsa Família. Os dados analisados são os dos beneficiários que tinham entre 7 e 16 anos até dezembro de 2005, que foram acompanhados por mais de 10 anos, até 2019.
O objetivo do estudo era analisar a taxa de emancipação de programas sociais do governo federal e a entrada dessas pessoas no mercado formal de trabalho.
Os números mostraram que 64% dessas pessoas, hoje com idades entre 21 e 30 anos, estavam fora do Cadastro Único, base de dados do governo federal sobre pessoas em situação de pobreza.
Destas, 45% conseguiu acessar o mercado formal de trabalho ao menos uma vez entre 2015 e 2019.
Outros 20% das que recebiam o benefício na infância e juventude continuaram com o benefício, o que é um indicativo, de acordo com a pesquisa, de uma “relativa mobilidade social na base da distribuição de renda do Brasil para os beneficiários do Bolsa Família”.
fonte:CNN