Por Leonardo Henrique
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, comunicou, nesta quinta-feira (7), ao Supremo Tribunal Federal (STF) que fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
Cid está sendo investigado, dentre outras ações, no caso da venda ilegal de joias e outros objetos valiosos doados ao acervo da Presidência da República, durante a gestão de Bolsonaro. Cabe, agora, ao STF e ao Ministério Público Federal (MPF) permitirem a delação do ajudante de ordens e definirem as condições para este acordo.
A possibilidade de o tenente-coronel fechar delação premiada com a PF era especulada desde que o advogado Cézar Bittencourt assumiu a defesa de Mauro Cid.
O acordo jurídico significa uma colaboração do acusado com as investigações, para dar detalhes sobre crimes e possíveis envolvidos. Em troca, ele recebe benefícios, como a redução ou perdão da pena.
Mauro Cid prestou depoimento à PF no último dia 28 de agosto, durante mais de 10 horas, sobre o caso das joias. Enquanto isso, Bolsonaro e a ex-primeira-dama, Michelle, também compareceram para depor, mas ficaram em silêncio.
O ex-ajudante de ordens está preso preventivamente desde maio, também sob investigação nos casos dos ataques às sedes dos três poderes em 8 de janeiro, além da fraude nos cartões de vacina da família Bolsonaro.