Um ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira, foi um dos alvos da operação deflagrada nesta quinta-feira (1º), segundo agentes da Polícia Federal. Foi num dos endereços ligados a Luciano Ferreira Cavalcante em Brasília que a PF identificou um cofre repleto de dinheiro. Nas contas da corporação, cerca de R$ 4 milhões em “dinheiro vivo” estavam guardados ali, ainda de acordo com a PF (veja vídeos abaixo).
Cavalcante está lotado na liderança do PP na Câmara, onde começou a atuar em 2017, de acordo com registros da casa legislativa. Na época em que foi contratado, Arthur Lira era o líder da sigla. A ligação dele com o parlamentar, no entanto, vem de muito antes.
Cavalcante trabalhava com o pai de Arthur Lira, o senador Benedito de Lira. Foi contratado ainda em 2011 num dos escritórios de apoio à atividade parlamentar do então senador.
A ação da PF investiga uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações para a compra de equipamentos de robótica e lavar dinheiro em Alagoas. Mais de 110 agentes e 13 servidores do CGU cumpriram 29 mandados de busca e apreensão e dois de prisão em Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal.
Além de Cavalcante, a PF mirou outros alvos que também podem ser relacionados a Lira, de acordo com fontes a par da apuração. O deputado, porém, não foi alvo.
A empresa Megalic, em Alagoas, foi responsável por receber dinheiro destinado aos equipamentos de robótica. A CNN ligou para a empresa. O atendente informou que não poderia falar porque estava “no meio da operação”.
A ação de hoje começou a ser montada há cerca de duas semanas, segundo pessoas com conhecimento da investigação. A PF apura desvios milionários de verbas do chamado “Orçamento Secreto”, e teve origem em investigações iniciadas ainda no ano passado após reportagem da Folha de S.Paulo.
A CNN não conseguiu contato com Cavalcante ou advogados e aguarda manifestação de Arthur Lira. O espaço está aberto.
Fonte: CNN Brasil