O custo médio de uma passagem aérea no Brasil em 2022 é de R$ 605,04, o mais alto do país nos últimos 12 anos. Os números são de um levantamento da CNN a partir do painel da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Os dados envolvem custos de bilhetes emitidos entre janeiro e maio deste ano e apresentam alta de 16,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
O valor só foi superado pela tarifa média de 2009, quando o custo médio, corrigido pelo IPCA, era de R$ 682,76.
Os números de maio de 2022 ficaram próximos do registrado naquele período: R$ 682,60. Esse foi o maior valor para um mês desde dezembro de 2012.
A tarifa média mais elevada está em Roraima, onde o valor chega aos quatro dígitos: R$ 1.079,42.
Depois, aparecem Acre (R$ 966,36) e Rondônia (R$ 864,49). As mais baratas estão em Espírito Santo (R$ 539,08) e Paraná (R$ 542,82).
Em 17 estados brasileiros, os valores médios estão acima da média nacional (R$ 605,04).
O Painel Indicadores de Tarifas Aéreas Domésticas, plataforma on-line da Anac, aponta que 55% das passagens apresentaram preço médio acumulado entre R$ 300 e R$ 1 mil.
O restante se divide entre duas outras classificações: 29,9% até R$ 300 e 15,1% acima de R$ 1 mil.
Analisado apenas o mês de maio, Roraima registrou o maior custo médio: R$ 1.235,44. O menor foi encontrado em Santa Catarina: R$ 560,75.
Em maio, segundo a plataforma, a maior tarifa média por companhia aérea foi a da Azul, com custo de R$ 777,75. O valor representa alta de 2,8% na comparação com abril.
Em seguida, aparece a Gol, com tarifa real média de R$ 641,89. O número reflete queda de 6,5% na comparação com o mês anterior. Por último a TAM, cujo custo de R$ 620,62 em maio.
Número representa significa alta de 10,3% em relação ao quarto mês do ano.
A alta é explicada pelo crescimento da demanda por voos, que vem se aproximando do período pré-pandemia, e da alta de preços do querosene de aviação.
No acumulado de janeiro a julho, o combustível já aumentou 70,6%, segundo estimativa da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A Anac estima que o produto responda por cerca de 36% de todos os custos das aéreas no Brasil.
Os valores corroboram uma estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), feita a pedido da CNN no final de junho.
Na ocasião, a entidade indicou que o preço das passagens iria continuar aumentando nos próximos meses, em virtude da conjuntura de mercado.
Fonte: Agência Brasil/ EBC