iPhones roubados ou perdidos que precisarem de consertos poderão ser recusados pela assistência técnica da Apple. Seria uma maneira de dificultar a vida de criminosos que negociam aparelhos ilegais. A nova diretriz está num memorando interno obtido pelo site MacRumors. O TechTudo apurou que a novidade deve impactar também os clientes no Brasil.
De acordo com o documento, os técnicos da companhia deverão verificar o número de série e o IMEI do iPhone na base de dados antes de prosseguir com o reparo. Hoje, as Apple Stores e assistências autorizadas já não podem fazer serviços caso o cliente não consiga desativar o status de “perdido” no serviço de rastreamento do Buscar iPhone.
Para verificar se o iPhone é fruto de roubo, furto ou perda, o técnico da Apple irá conferir o MobileGenius e o GSX, que são sistemas internos que registram as informações do telefone. Novos aparelhos levados para reparo terão o número de IMEI checados com uma base de dados global para confirmar o status do produto.
A medida deve valer também para o Brasil porque a base internacional mantida pela GSMA, organização que representa o setor de telecomunicações, também tem os dados dos bloqueios realizados no Brasil, de acordo com técnicos da Anatel ouvidos pelo TechTudo.
O IMEI é como o “CPF do celular”. Ou seja, é um número de identificação único que cada smartphone produzido no mundo possui. Esse código pode ser acessado na caixa do iPhone ou até mesmo no próprio aparelho, ao digitar *#06# no discador. A recomendação para usuários que foram vítimas de roubo é registrar boletim de ocorrência e realizar o bloqueio do IMEI do dispositivo na delegacia ou operadora de telefonia.
Com a iniciativa, a Apple quer desencorajar que pessoas continuem comprando dispositivos de segunda mão por meios ilegais, limitando o acesso ao reparo e troca de componentes em assistências oficiais. Não é a primeira vez que a empresa tenta barrar o conserto de aparelhos obtidos de forma fraudulenta.
Hoje, para desbloquear a tela de alguma unidade em uma assistência técnica, o consumidor deve provar que tem posse legal do modelo através da nota fiscal de produto, que é o documento que comprova a compra. Até o momento, a companhia não confirmou de forma oficial as novas políticas divulgadas pelo relatório.
Fonte: TechTudo