Serviço de Estomaterapia pós-alta do Hospital Regional do Cariri reduz riscos de nova internação de pacientes

Depois de 45 dias internado no Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) gerida pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), a preocupação da filha de Sebastião Cirilo, 76, era como continuar o tratamento para a cicatrização da amputação de três dedos do pé do pai. Ele teve o membro furado por um prego e, por causa do diagnóstico de diabetes, a ferida se complicou. Depois da cirurgia e da alta, o medo de Rita Márcia era de não ver o ferimento do pai completamente cicatrizado, já que pessoas com diabetes podem ter mais dificuldade para recuperação.

Paciente e familiar foram encaminhados para o Ambulatório de Estomaterapia do hospital, localizado em Juazeiro do Norte. O atendimento, que ocorre semanalmente para quem teve alta, tem o objetivo de orientar quanto à continuação do tratamento na residência e dar suporte na prevenção de novas lesões. “Tivemos medo de não cicatrizar, mas aí o hospital mandou a estomaterapeuta; ela ensinou a fazer os curativos, passou uma medicação e hoje ele está bem melhor”, avalia Rita Márcia.

Segundo Yterfania Feitosa, estomaterapeuta do HRC, o serviço contribui para a total recuperação do paciente e para que ele retome suas atividades de vida diária, quando possível. “A gente acompanha até a total cicatrização da ferida. Nós orientamos, e o familiar faz o procedimento em casa e retorna para nossa avaliação semanalmente ou quinzenalmente, de acordo com a necessidade”, afirma.

O acompanhamento também reduz as possibilidades de o paciente ser internado novamente. Em 2020, 290 pessoas foram acompanhadas pelo serviço ambulatorial. Neste ano, até o mês de outubro, já são 350 pacientes monitorados.

Além do atendimento a pacientes egressos, há também a assistência a quem está internado na unidade – geralmente com dificuldade de mobilização no leito e com mais chance de sofrer com lesões por pressão. Dentro de enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), o trabalho é realizado com a orientação aos profissionais para que estejam atentos a situações que possam contribuir para formação de lesões nos pacientes. Hidratação correta, higienização e, principalmente, o ato de mudar o paciente de lado no decúbito são ações que evitam lesões por pressão.

Fonte: Governo do Ceará