A vice-governadora Izolda Cela (PDT) afirmou nesta segunda-feira (11) que não estava em seus planos a possibilidade de assumir o comando do Executivo Estadual no próximo ano. Isso acontecerá caso Camilo Santana (PT) se afaste do cargo para se candidatar ao Senado Federal, por exemplo.
Em entrevista à Rádio FM Assembleia, Izolda disse reconhecer ser este o “caminho natural” para o governador, dada sua liderança, mas alertou que a antecipação do debate eleitoral é ruim para a gestão pública.
A vice-governadora é filiada ao PDT e tem o nome na lista dos pré-candidatos ao cargo pelo partido, juntamente com o ex-prefeito Roberto Cláudio, o deputado federal Mauro Filho e o presidente da Assembleia Evandro Leitão.
A própria expectativa de assumir o poder estadual pela possível renúncia de Camilo dá mais força ao nome de Izolda, que ainda tem desconversado sobre o assunto. Ela poderia ser candidata no exercício do cargo, mas não poderia concorrer à reeleição em 2026.
Apesar de considerar o cenário em que teria de assumir o cargo de governadora em eventual afastamento de Camilo, Izolda afirma também que tratar de eleições agora poderia ser contraproducente.
“Eu acho que antecipar eesas pautas eleitorais não ajuda […] nós já temos eleições de dois em dois anos, que gera uma movimentação e um impacto no sistema, e que gera, inclusive, regulações das ações de governos estaduais e municipais”, pondera.
LIDERANÇA
Reeleito em 2018, Camilo, segundo visão da vice-governadora, exerce uma liderança política no Estado, o que abre caminhos para que, caso deseje, tome outros rumos.
“Eu vejo que essas pessoas como ele, uma liderança como ele, tudo que ele vem mostrando, o trabalho obstinado pelo Ceará e pelo cumprimento das responsabilidades dele, claro que isso projeta e faz com que ele seja uma pessoa vista para alçar outros voos”.
Izolda Cela foi a primeira mulher na história cearense a assumir o cargo de governadora. O ato ocorreu em 2015, ainda no primeiro mandato, quando Camilo Santana viajou ao exterior junto com a família, por sete dias.
Fonte: Diário do Nordeste